Instituto Nacional da Saúde Pública destaca importância da segurança do paciente para a saúde

A presidente do Instituto Nacional da Saúde Pública (INSP) destacou hoje a importância da segurança do paciente para a saúde, apesar de reconhecer que muita coisa ainda precisa ser feito neste domínio.

Maria da Luz Lima fez essa consideração na sessão de abertura da mesa redonda on-line, realizada hoje, no âmbito do Dia Mundial da Segurança do Paciente, assinalado hoje, sobre a temática segurança do paciente.

Este ano, a data é assinalada sobre o tema “Segurança do trabalhador de saúde: uma prioridade para a segurança do paciente” e o slogan “Trabalhadores de saúde seguros, pacientes seguros”, fazendo assim uma interligação entre a segurança do profissional de saúde e do doente.

“É um tema importantíssimo, principalmente nesta época de covid-19, em que o mundo geral entende ser relevante a questão de medidas de prevenção para a segurança sanitária, com o objectivo de reduzir infecções, disse Maria da Luz Lima, para quem é importante se reflectir sobre o tema.

Aquela responsável sublinhou, ainda, que com a pandemia do novo coronavírus, os profissionais da saúde estão em constante pressão, com o aumento dos riscos de contrair a doença, ficando psicologicamente em alerta com a exposição a que estão sujeitos no dia-a-dia do trabalho.

Segundo a presidente do INSP, a instituição inclui esta actividade no âmbito do mês da Saúde Mental, porque é importante pensar na saúde mental dos profissionais de saúde.

Para uma melhor segurança do profissional da saúde e do paciente, Maria da Luz admite a necessidade de um conjunto de medidas para melhorar o funcionamento e que vão desde a lavagem das mãos, até o uso racional de medicamentos.
Durante a mesa redonda foi debatido, ainda, o tema “Os direitos e Segurança dos Doentes”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), na sua comunicação sobre a data, realçou a importância de se proteger os profissionais de saúde, salientando, por outro lado, que “a pandemia da covid-19 lembrou a todos do papel vital que o pessoal de saúde desempenha para aliviar o sofrimento e proteger vidas”.

Para assinalar a data a OMS publicou a Carta de Segurança do Trabalhador que segundo Tedros Ghebreyesus é “um passo para garantir que os trabalhadores de saúde tenham melhores condições de trabalho, segurança, treinamento, salário e o respeito que merecem”.

A Carta pede que governos e outras autoridades tomem cinco acções, incluindo medidas de protecção contra violência, melhorias em saúde mental, protecção de perigos físicos e biológicos, promoção de programas nacionais de segurança e ligação entre políticas de segurança do trabalhador e do paciente.

Já a directora Regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, alertou que a pandemia da covid-19 veio reafirmar o óbvio de que, para manter os doentes seguros, os profissionais de saúde devem ser protegidos.

Segundo referiu na sua mensagem, na Região Africana da OMS, mais de 41 mil profissionais de saúde foram infectados pela covid-19, representando 3,8% de todos os casos notificados.

No mundo, todos os anos, ocorrem 134 milhões de eventos adversos em pessoas com passagem em unidades de saúde.
O Dia Mundial da Segurança do Paciente foi homologado em maio de 2019, a partir de uma sugestão da Organização Mundial da Saúde (OMS), que definiu 17 de Setembro como a data de celebração e tem como objectivo aprimorar a compreensão global da segurança do paciente, aumentar o engajamento público na segurança dos cuidados de saúde e promover acções globais para aumentar a segurança e reduzir os danos ao paciente.

 

FONTE: INFORPRESS

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