Grupo ‘Blu Business Solutions’ cria projecto “Bibliotecas Móveis” para democratizar acesso ao livro
O Grupo Blu
Business Solutions apresentou hoje ao Ministério da Cultura e das Indústrias
Criativas o projecto “Bibliotecas Móveis” que tem como objectivo democratizar o
acesso ao livro, ao conhecimento e à informação.
Depois de ter apresentado este projecto aos municípios de Santa Catarina
e São Miguel e de ter conseguido o envolvimento das autárquicas, o grupo deu-o
a conhecer ao ministro da Cultura, como forma de analisarem a possibilidade de
o enquadrar no Plano Nacional de Leitura.
Este projecto inovador, segundo o gestor Rony Moreira, é uma forma de
democratização do acesso ao livro, ao conhecimento e à informação.
Ainda, sublinhou, tendo em conta o contexto da pandemia do novo
coronavírus é uma forma de ajudar na questão da distribuição de livros e de
materiais didácticos.
“Com o distanciamento e estas restrições criadas vai haver uma
dificuldade por parte do Ministério da Educação em fazer funcionar, de uma
forma satisfatória, e com alguma segurança sanitária, portanto, a biblioteca é
um projecto útil e vai completar a política pública ou o Plano Nacional de
Leitura”, disse, acrescentado que para que este tenha “pernas para andar” é
necessário o envolvimento e o financiamento do Ministério da Cultura.
A ideia é desenvolver este projecto em todos os municípios, mas nesta
fase vão arrancar com os concelhos de Santa Catarina, por ser o maior no
interior de Santiago e por sua dinâmica, e São Miguel, por ter a “melhor
biblioteca municipal e bem organizada”.
Ajuntou ainda que a ideia é levar os serviços bibliotecários a quem mais
precisa, a quem menos meios tem para ter acesso aos equipamentos culturais,
predominantemente localizados nos centros municipais, conseguindo também
interligar as outras áreas de produção artísticas e criativas como literatura,
cinema e dramaturgia.
Por sua vez, o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão
Vicente, considerou que a ideia da criação de bibliotecas móveis é “muito
útil”, mas para que possam contar com o apoio do seu ministério é necessário
redesenhar alguns pontos.
O primeiro passo, realçou, é garantirem o engajamento das câmaras
municipais, visto que é da responsabilidade das autarquias promoverem uma
biblioteca que disponha de um acervo dos clássicos, não só cabo-verdianos, como
internacional, livros de qualidade técnica, de ficção e científica.
“O nosso engajamento pode ser garantido a partir do momento que as
câmaras municipais o façam, mas, obviamente, todos os projectos que visem
promover a literatura, as letras e o acesso dos livros têm o apoio do
Ministério da Cultura”, assegurou.
Ainda, defendeu, é necessária uma mudança de paradigma no acesso aos
livros e a literatura, ou seja, qualquer projecto de biblioteca móvel terá que
ter incorporado o acesso a livros através da tecnologia e às bibliotecas
digitais de outros países a que Cabo Verde pode ter acesso.
FONTE:
INFORPRESS