São Vicente: Escola Salesiana do Mindelo faz adaptações para abertura do novo ano lectivo tendo pais como “principais aliados” – director
A Escola
Salesiana do Mindelo está neste momento a fazer readaptações para a abertura do
novo ano escolar, tendo em vista a pandemia da covid-19, e encontra nos pais os
“principais aliados”, anunciou o director do estabelecimento.
Num “tempo de incertezas”, o estabelecimento escolar de cariz religiosa,
com sede em São Vicente, tenta, de acordo com Luís Peralta, também afinar-se à
essa nova realidade, sendo “criativo, cuidadoso com a parte sanitária e muitos
flexíveis” para ajudar a criar as condições necessárias, respeitando as
orientações da direcção nacional da saúde.
Parâmetros esses que, assegurou a mesma fonte à Inforpress, deverá
abarcar entre 1500 e 1550 alunos desde 1º ao 12º anos.
Estes educandos com quem vão conviver a partir de 01 de Outubro, dia de
abertura das aulas, seguem ao “máximo” as directrizes do Caderno de Orientações
do Ministério de Educação, a que tiveram acesso na última sexta-feira.
Neste sentido, conforme padre Luís, pretendem disponibilizar álcool gel
logo à entrada, obrigatoriedade do uso de máscaras, distanciamento social, com
turmas desdobradas, sinaléticas, e outras medidas que se mostrarem pertinentes,
como uma “sala de saúde” para possibilidade de haver casos suspeitos.
“Estamos a fazer tudo para que seja beneficioso para os alunos e para os
pais”, garantiu, admitindo estarem desde a última semana a organizar reuniões
com os pais das diferentes classes para socializar as medidas e saber das suas
percepções.
Isto porque, segundo a mesma fonte, o papel dos pais e encarregados de
educação é “fundamental”, uma vez que a “comunidade educativa sem estes fica
limitada”.
“Temos que estar em sintonia, colaboração, em compreensão e entreajuda.
Juntos é que marcamos a diferença”, defendeu o director, acrescentando haver
“muita disponibilidade dos pais para ajudar e contribuir para o bem comum”.
Já no plano curricular, o padre Luís Peralta assegurou que cada escola
tem a própria autonomia para a gestão dos horários das aulas, que, no caso,
deverão realizar-se de segunda a sexta-feira, e deixando os sábados livres para
possibilidade de algum reforço posteriormente.
Entretanto, a principal preocupação, considerou, encontra-se nos alunos
e nas aulas presenciais de apenas 25 minutos.
“É uma novidade, mas também é dificuldade para algumas pessoas, já que
as condições não são iguais. Mas, vamos ter que nos adaptar ao mundo que
estamos a viver”, sustentou o eclesiástico, para quem “não se vai voltar ao que
era antes e será preciso evoluir, principalmente no sistema digital”.
“Mas a capacidade de adaptação das famílias é relativa, e há uma
revolução educativa grande”, concretizou o responsável, revelando a necessidade
de um “grande pacto educativo para se atingir o melhor, num momento onde não há
certezas, mas que é preciso não perder a esperança”.
FONTE: INFORPRESS