Covid-19: Readaptação do Plano Nacional de Emprego implica esforço financeiro de 241 mil contos
A
directora-geral do Emprego, Formação Profissional e Estágios Profissionais
(DGEFPEF) avançou hoje que o Plano Nacional de Emprego (2018-2025) vai ser
readaptado ao contexto que o País vive, o que implica um esforço financeiro de
241 mil contos.
Jaqueline Moniz avançou esta informação à imprensa, à margem da reunião
ordinária do Conselho Nacional de Emprego e Formação Profissional, que esteve
reunida hoje, na Cidade da Praia, para discutir o ponto de situação do dossier
estratégico do sector da educação, formação e emprego, o Plano Nacional de
Emprego, financiamento, validação do plano de acção, entre outros pontos.
Durante esta reunião de articulação, informou que houve consenso entre
os 28 conselheiros para uma readaptação do Plano Nacional do Emprego
(2018/2023) ao contexto que o País está a viver da covid-19.
Essa adaptação, assegurou, tem de ir ao encontro das necessidades do
País, ou seja, as necessidades de cada ilha, de cada região e de cada jovem.
Neste sentido, sublinhou, as acções previstas vão ser readaptadas para
uma melhoria das competências para a empregabilidade.
“O que nós queremos é empregar os jovens, quer seja empregos por conta
própria ou por conta de outrem (…). Os conselheiros estão a nos fazer ver que é
necessário termos aqui um incremento e uma melhoria das competências para o
auto-emprego, e é necessário, então, que falemos mais do empreendedorismo, mais
do auto-emprego e as acções do sector têm e devem ser redireccionados neste
sentido”, acentuou.
Devido a este cenário, Jaqueline Moniz admitiu que vai ser necessário
fazer um esforço financeiro e o plano aponta para 241 mil contos.
Contudo, frisou, os recursos não abundam e será necessário fazer uma
“cirurgia”, isto é, traçar acções concretas para evitar “desperdícios dos recursos”.
“Nós temos que fazer esta ginástica para ver se o Orçamento do Estado e
o donativo dos parceiros poderão cobrir esta necessidade ou se nós temos de
encontrar ajustes financeiros necessários para levar a cabo as actividades
previstas”, perspectivou.
As orientações que irão sair desta reunião, explicou, vão dar ao
vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, que preside este
conselho, elementos necessários para conduzir o processo que está relacionado
ao emprego e a formação profissional a nível do País.
O Conselho Nacional de Emprego e Formação Profissional é um órgão de
carácter consultivo do ministro das Finanças e de concertação entre
representantes dos sectores públicos, parceiros sociais e sociedade civil, nos
domínios da qualificação profissional e emprego.
É composto pelo presidente, ministro das Finanças, Olavo Correia, e por
mais 28 membros, sendo 12 representantes do sector público, seis representantes
dos trabalhadores e quatro representantes de organizações da sociedade civil.
FONTE: INFORPRESS