“O meio rural, a nossa cultura, a nossa música, são elementos que podem fixar os turistas” – ministro
O ministro do
Turismo defendeu hoje uma aposta no meio rural para desenvolver e diferenciar o
produto que o país quer apresentar, afirmando que a cultura e a música de
cabo-verdiana são elementos que podem fixar os turistas.
Carlos Santos falava à imprensa, à margem da actividade comemorativa ao
Dia Mundial do Turismo, assinalado hoje, 27 de Setembro, e que este ano foi
comemorado sob o lema “Turismo e Desenvolvimento Rural”.
No que se refere ao lema “Turismo e Desenvolvimento Rural”, conforme o
governante, é escolhido pela Organização Internacional do Turismo (OIT) para
demonstrar a importância que o meio rural começa a ter no turismo, não só para
levar com que haja um regresso às origens, mas também para procurar trazer aquilo
que é o essencial e o característico das populações dos países e das nações.
“Cabo Verde também não foge a regra a isso e dissemos na nossa
intervenção que este dia é mais para reflexão, é um dia menos para festejar,
mais para reflexão tendo em conta o momento pelo qual passamos”, acrescentou.
Segundo Carlos Santos, o Governo cabo-verdiano tem demonstrado aposta em
segmentos da natureza e rural para procurar desconcentrar aquilo que é o
turismo actual, para dar maior competitividade ao turismo nacional e para
trazer os elementos que caracterizam a cabo-verdianidade.
Para exemplificar, referiu-se à criação de trilhos turísticos terrestres
e de miradouros com condições e segurança, sinalética turística e ao lançamento
de concurso para o mapeamento da ilha de Santiago, e brevemente para as
restantes ilhas.
Isto tudo, continuou, com o objectivo de criar condições, para levar os
turistas a olharem para as outras ilhas que não sejam só as onde predominam o
turismo de sol e praia.
Conforme referiu o ministro do Turismo e Transportes, os operadores
começam a apostar neste sector e só assim “se consegue fazer a diversificação
do turismo e de o densificar a nível nacional, combatendo as assimetrias, o
êxodo rural”.
“Conseguiremos também levar com que outros operadores comecem a olhar
para o meio rural como local também de residência. Que é aquilo que se começa a
se notar em países como Portugal, como Espanha e que acabará por ser um
movimento que passará por Cabo Verde”, frisou.
De acordo com Carlos Santos, o factor preço é o resultado da oferta e da
procura. Pois, referiu, com uma maior intensificação da oferta e da procura e
também com a criação de alternativas, designadamente também na conectividade, o
país conseguirá ter uma redução da curva do preço do produto.
O governante afirmou ainda que o executivo está a criar o programa
operacional do turismo 2021/2026 para criar aquilo que se chamará o produto
turístico cabo-verdiano comportando, os diversos subprodutos que são
característicos de cada ilha em resultado dos “masters plans” que foram
apresentados.
FONTE: INFORPRESS