São Vicente: Cerca de 16 mil alunos regressam às aulas para um ano lectivo de “muitos desafios” – delegada

Cerca de 16 mil alunos frequentam as aulas, em São Vicente, a partir de hoje, para um novo lectivo, que se apresenta “cheio de muitos desafios”, ressaltou a delegada de Educação local.

A habitual azáfama já cantada por Dudu Araújo de “uvi risadas di minis ta ba pa escola” (ouvir as risadas dos meninos a irem para a escola, em português) começa a partir desta quinta-feira em quase todos os concelhos do País, à excepção da cidade da Praia, sendo que em São Vicente, garantiu a delegada de Educação, Maria Helena Andrade, está “tudo a postos” para esse recomeço, mesmo que seja neste ano considerado “anormal” devido à pandemia da covid-19.

Conforme a mesma fonte adiantou à Inforpress, os serviços educativos estão em “estreita articulação” com a delegacia de saúde e a câmara municipal da ilha, que têm dado uma “colaboração muito boa” para higienização dos espaços e organização sanitária exigidas pelas autoridades.

Tudo isso, ajuntou, para que haja “máxima segurança” no novo ano lectivo, que, em São Vicente, deverá contar com cerca de 16 mil estudantes, desde o pré-escolar ao secundário.

“Mas, ainda não possível precisar o número exacto, porque estamos a receber muitos alunos de outras ilhas como Santiago, Sal e Boa Vista, de pessoas que vieram, que perderam o emprego e voltaram, outras que mandaram os filhos e ficaram”, salientou Maria Helena Andrade, avançando um aumento principalmente no terceiro e sétimo anos.

Novos tempos, novas vontades e ainda “muitos desafios”, considerou.

“Dotar as escolas de condições não só físicas, como materiais, para esta nova realidade. Em São Vicente nós não temos assim grandes dificuldades, que eu possa dizer que vá condicionar o arranque”, reiterou a delegada, referindo a uma “situação epidemiológica controlada”, mas que ainda não permite baixar a guarda.

Por isso, assegurou, que está desde a última sexta-feira numa “maratona” para tomar pulso das “reais necessidades” das escolas como “forma de prevenção e para minimizar os riscos”.

Já na parte curricular houve necessidade, segundo a mesma fonte, de revisão e ainda de formação aos professores, especialmente nas áreas de recursos educativos digitais e plataformas digitais e outras matérias, desde Agosto.

“A situação no momento exige sacrifícios de todos e a nível pedagógico vamos fazer de tudo para que não aja muito desnivelamento e trabalhar os conteúdos essenciais, para haver o nivelamento”, sustentou Maria Helena Andrade, para quem estão criadas as condições para as exigências sanitárias, como sinalizações, casas de banho funcionais e espaços para isolamento, que, garantiu, existem “em todas as escolas” de São Vicente.

Por isso, a delegada disse acreditar “sinceramente” que se se mantiver os cuidados já tomados “vai haver um ano lectivo sem sobressaltos e com cada um a fazer a sua parte”.

Desta forma, Maria Helena Andrade enumerou o papel “extremamente importante” dos pais e dos alunos para se manter a situação epidemiológica controlada e atingir os objectivos curriculares, também dos professores, que, “mais uma vez são chamados a dar o seu contributo para uma sociedade mais saudável” e ainda os funcionários de limpeza e apoio operacional nas escolas, “sem os quais não seria possível arrancar com segurança”, concretizou.

 

FONTE: INFORPRESS

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