Covid-19/Autárquica: Autoridades sanitárias e de fiscalização irão intervir “de forma efectiva e sem reservas”
O presidente
do Serviço Nacional da Protecção Civil e Bombeiros disse hoje que o não
cumprimento das medidas de segurança sanitária e protecção individual e da
comunidade, durante a campanha, serão sancionados nos termos das normas em
vigor.
Renaldo Rodrigues fez estas declarações durante a habitual conferência
de imprensa do Ministério da Saúde para o balanço da situação da covid-19 em
Cabo Verde, presença que ficou a dever-se ao facto de a partir da meia-noite de
hoje dar-se o arranque oficial da campanha eleitoral para as eleições
autárquicas de 2020.
A mesma fonte avançou que, neste sentido, o Serviço Nacional de
Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB) e as demais entidades responsáveis pelas
acções de acompanhamento e fiscalização das condições gerais de segurança
sanitária, aplicáveis no contexto de prevenção da contaminação do vírus da
covid-19, alertam a todos os partidos políticos e demais candidaturas para a
obrigatoriedade de se garantir o “rigoroso cumprimento” das medidas de
prevenção e mitigação do risco de contágio e de propagação da doença.
Falando também em nome das demais autoridades, o presidente do SNPCB
instou os candidatos, simpatizantes e apoiantes das candidaturas e ao público
em geral, ao “estrito cumprimento” das normas de segurança sanitária em vigor,
constantes dos diferentes diplomas já publicados.
“Acresce sublinhar que as diferentes candidaturas se comprometeram a
respeitar e zelar pelo efectivo cumprimento de um código de conduta que dispões
sobre todas as medidas de segurança sanitária e de protecção individual e da
comunidade que deverão ser adoptadas”, acrescentou.
Renaldo Rodrigues disse ainda que eventuais incumprimentos serão
sancionados nos termos das normas em vigor.
“As autoridades sanitárias e de fiscalização irão intervir de forma
efectiva e sem reservas sempre que assim se justifique, podendo,
inclusivamente, obrigar ao encerramento de actividades nas situações mais
gravosas e que ponham em causa a saúde pública. O que está em causa é a saúde
pública, nunca é demais relembrar isso”, anotou.
Renaldo Rodrigues alertou, por outro lado, para a situação de que as
actividades político-partidárias de campanha, como qualquer outro evento,
acarretam riscos que importam salvaguardar, pelo que o SNPCB conta com o
contributo de todos em torno desta luta, “que é de todos e que nos afecta a
todos”.
Este responsável avançou ainda que se tem verificado “algum
incumprimento, desleixo e relaxamento” relativamente às normas.
“De certa forma fomos apanhados um pouco de surpresa, tendo em conta que
a campanha eleitoral ainda não se iniciou e temos estado a ser surpreendidos
com situações pontuais, com eventos não programados que, de certa forma, têm
dificultado uma actuação mais atempada”, informou.
Mas, acrescentou, internamente, juntamente com as demais instituições, o
SNPCB tem estado a reajustar-se para, a partir de hoje, estar “mais atento”,
principalmente às sedes de campanha e evitar assim que atitudes desta natureza
ponham em causa todo o trabalho que tem sido feito.
“Principalmente a nível de aglomeração, tem-se visto algumas passeatas
em vários municípios, de candidatos de vários partidos em vários concelhos”,
exemplificou, apontando ainda para casos de aparelhos sonoros em sedes de
campanha, que, segundo disse, “são proibidos”.
Renaldo Rodrigues reiterou o engajamento do SNPCB junto do Ministério da
Saúde em continuar a apoiar e a disponibilizar recursos humanos e materiais
para dar resposta lá onde for necessário.
“Podem contar com a nossa colaboração. Penso que o desígnio é nacional e
nós estamos fortemente engajados, juntamente com o ministério da Saúde nesta
luta”, referiu.
FONTE:
INFORPRESS