Inspecção Geral das Pescas forma novos inspectores para colmatar as necessidades no sector

A inspectora geral das Pescas, Maysa Rocheteau disse à Inforpress que a formação de inspectores do sector, que hoje se inicia na Praia, visa colmatar as necessidades existentes nesta área.

“Esta formação destinada aos candidatos da Região de Sotavento era para ser feita no início do ano, mas a epidemia da covid-19 obrigou-nos a adiá-la”, explicou a responsável, acrescentando que a referida acção formativa faz parte das actividades da Inspecção Geral das Pescas (IGP).

Segundo ela, os formandos vão fazer parte do quadro de inspectores da IGP, mas foi adiantando que alguns destes futuros inspectores serão também absorvidos por outros serviços, nomeadamente instituições como as fábricas de tratamento de pescado e câmaras municipais que possam ter interesse em ter nos seus quadros inspectores de pescas.

“O leque de possibilidades é muito mais amplo do que apenas em Inspecção Geral das Pescas”, indicou Maysa Rocheteau.

Foram abertas 20 candidaturas paras as ilhas de Santiago, Fogo, Brava e Maio, mas de acordo com a inspectora geral, duas candidatas desta última desistiram e a IGP “não conseguiu substituí-las a tempo”.

Quanto ao perfil exigido, revelou que os interessados têm que possuir uma licenciatura.

“Inicialmente, a ideia era ter candidatos, digamos da área das ciências biológicas, já que a IGP tem sob a sua responsabilidade o controlo das actividades das pescas e da qualidade e salubridade das mesmas, mas tivemos também pessoal formado nas áreas alimentares e afins”, precisou, notando que em S. Vicente tiveram vários candidatos da área do Direito e, agora, na Praia.

O curso tem a duração de um mês, com uma carga horária de 210 horas e tem uma formação tripartida, em que entra a IGP, no quadro do apoio da União Europeia, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e o Programa Jovem Emprego, das Nações Unidas.

Instada sobre a predominância do género, a nível de inspecção das pescas, Maysa Rocheteau adiantou que o número de mulheres é “ligeiramente superior”.

“A nível de candidaturas, tem havido mais mulheres do que homens”, concluiu.

Com a formação de novos inspectores, a IGP passará a contar com uma bolsa de indivíduos tecnicamente preparados para desempenhar a função de inspector de pesca, de acordo com a demanda.

FONTE: INFORPRESS

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