Autárquicas 2020: Primeira-dama pede às pessoas para irem votar no dia 25 de Outubro
A
primeira-dama de Cabo Verde, Lígia Fonseca, apelou esta terça-feira ao voto nas
eleições autárquicas de domingo, afirmando que a abstenção representa uma
renúncia ao poder que as pessoas têm para decidir.
Em declarações exclusivas à Inforpress, Lígia Fonseca certificou que a
melhor forma de exercer a cidadania é as pessoas irem votar no dia 25 de
Outubro.
“Nós estamos a viver momentos a nível mundial muito difíceis, causados
pela pandemia, causados por alguma descrença na organização política existente,
então, a forma de nós cidadão assumirmos o nosso poder é no dia 25 de Outubro
irmos votar”, referiu.
Lígia Fonseca ressaltou que a abstenção é uma renúncia e uma negação do
poder que as pessoas têm de decidir e, por isso, afirmou que o apelo que
gostaria de deixar e insistir é que toda a gente, todos os maiores de 18 e
recenseados, não fiquem em casa.
“Que saiam com as devidas cautelas que temos de ter hoje para ir votar.
Não há nada que impeça a nossa possibilidade de irmos votar. Porque se nós
queremos melhorar o estado das coisas, se nós cidadão queremos que a nossa voz
seja ouvida, o momento é este, de eleições”, apelou.
“Não vamos deixar que outros decidam por nós”, exclamou a primeira-dama,
pedindo que cada um oiça os projectos, conheça os candidatos, os partidos ou o
grupos e depois decidir no melhor projecto para si.
E mesmo que nenhuma das propostas apresentadas merece a sua grande
confiança, “o facto de ir votar e votar em branco é uma forma de expressar o
nosso descontentamento”, ressaltou.
Para Lígia Fonseca, quando não se vai votar, ninguém saberá se foi por
preguiça, desleixo ou por descontentamento.
“Mas quando for votar e voto em branco, eu estou a manifestar o meu
desacordo com tudo o que me é apresentado, e isto tem um valor muito importante
na análise política que se faz do fenómeno destas eleições que vão ocorrer no
próximo domingo. Só há vantagens em votar”, acrescentou.
A primeira-dama disse ainda discordar de quem escolhe o não votar como
uma forma de protesto.
“É uma forma de protesto, na minha perspectiva, que não indica o que se
quer. Isto mostra desinteresse pelo país, pelo seu concelho, pela sua
comunidade. Quem está desinteressado não tem direito de reclamar nem de exigir
nada, porque no momento em que tinha que decidir, optou por ficar em casa”,
finalizou.
A nível nacional, participam nestas eleições um total de 65 candidatos,
sendo 22 do MpD, 22 do PAICV, sete da UCID, dois do PP (um no município da
Praia e um para Assembleia Municipal na Boa Vista) e mais 12 candidatos
independentes que disputam as câmaras municipais da Ribeira Grande (1), de
Santa Catarina (1), São Domingos (1), Tarrafal de São Nicolau (1), Sal (1)
Tarrafal (2), Praia (4) e São Vicente (1).
FONTE: INFORPRESS