Autárquicas: Tudo a postos para as eleições de domingo – garantem as autoridades eleitorais
Um total de
337.083 eleitores inscritos, distribuídos em 1.386 mesas de votos em todo o
território nacional, vai eleger neste domingo, 25, os órgãos municipais do
País.
Segundo a presidente da Comissão Nacional de Eleições, Maria do Rosário
Gonçalves, registou-se um aumento de 34.073 novos eleitores face às ultimas
eleições de 2016, correspondente a 11 por cento (%).
No pleito eleitoral do domingo foram introduzidas algumas inovações,
nomeadamente as matrizes tácteis em braille para os eleitores invisuais, a fim
de lhes permitir votar sozinhos.
Por outro lado, todas as escolas e assembleias de votos vão ser dotadas
de rampas adequadas para facilitar a locomoção dos deficientes físicos.
Estando o País a viver uma situação de pandemia da covid-19, a
administração eleitoral precaveu-se, disponibilizando equipamentos especiais,
viseiras e máscaras para os membros de mesa voto e materiais de higienização
para as assembleias de voto.
A CNE conta igualmente com um “staff “de apoio para assegurar a
organização das filas e apoiar na higienização das assembleias de voto.
Tendo em conta a situação pandémica, e para garantir a segurança das
pessoas, a CNE deliberou que cada assembleia de voto terá o máximo de 300
eleitores.
De acordo com a Direcção Geral de Apoio ao Processo Eleitoral (DGAPE),
está tudo a postos para as eleições deste domingo, 25.
“Todos os materiais já foram encaminhados para os respectivos
municípios”, garantiu a mesma fonte à Inforpress.
No concernente aos boletins de voto, segundo a DGAPE, foi impresso um
total, 793.190 boletins, sendo que 396.595 para a Câmara Municipal e 396.595
para a Assembleia Municipal.
Para permitir que os deficientes visuais votem sem apoio de terceiros,
foi produzido um total de 2.660 matrizes de boletins de votos em braille.
Pelo País estão distribuídas 1.386 mesas de voto, sendo cada uma com
quatro escrutinadores, o que perfaz 5.544 membros de mesa 2.772 suplentes.
De acordo com DGAPE, foram produzidos 950 biombos adaptáveis e estes,
segundo a mesma fonte, a sua colocação em determinada assembleia de voto vai
depender do delegado da CNE.
As assembleias de voto funcionam num horário ininterrupto das 07:00 até
às 18:00.
Estas eleições municipais contam com um total de 65 candidaturas, sendo
12 promovidas por grupos de cidadãos independentes e 53 propostas por partidos
políticos.
As primeiras eleições autárquicas cabo-verdianas realizaram-se a 15 de
Dezembro de 1991. Concorreram dois partidos políticos (o Movimento para a
Democracia-MpD e o Partido Africano da independência de Cabo Verde-PAICV) e 14
grupos independentes. É a maior participação de independentes numa eleição
autárquica em Cabo Verde.
Quatro grupos de independentes venceram as autárquicas de então, a
saber: O Movimento para a Renovação de S. Vicente (MPRSV), encabeçado por
Onésimo Silveira; o Grupo Pró Sal (PRO-S), liderado por José Azevedo; o Grupo
Independente para o Desenvolvimento do Paul (GIDP), que teve à frente Alcídio
Tavares e o Grupo Alternativo para o Desenvolvimento do Maio (GAPDM), comandado
por Amílcar Andrade.
Nessa altura estiveram inscritos nos cadernos eleitorais 173.953
eleitores.
FONTE: INFORPRESS