Ilhas do Fogo e do Maio classificadas como Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO – Governo
As ilhas do
Fogo e do Maio foram classificadas como Reserva Mundial da Biosfera pela
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO),
anunciou hoje o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas.
Para Abraão Vicente, que diz ter acabado de receber esta notícia de
validação desses dois dossiês durante um webinar realizado pela UNESCO e que
está a decorrer neste momento, é mais uma “grande honra” para ele, enquanto
presidente da Comissão Nacional da UNESCO, de ver Cabo Verde a atingir mais
estes dois “grandes feitos”, depois de ter a morna classificada a património da
humanidade.
“Ter essas duas ilhas classificadas e inscritas como reserva mundial da
biosfera significa que Cabo Verde e os técnicos cabo-verdianos têm feito o seu
trabalho com perícia com dedicação e com empenho”, considerou.
Abraão Vicente, que fez este anúncio durante o discurso de tomada de
posse dos membros do Conselho Científico do Instituto do Património Cultural
(IPC), realçou que este não é um “trabalho político”, mas é, sobretudo, um
trabalho técnico de integração de expertise cabo-verdiana dentro daquilo que
são os padrões internacionais.
Esta classificação, ajuntou, terá “impacto extraordinário” naquilo que é
a projecção e a planificação das duas ilhas para o futuro.
“Cabo Verde inscreve-se num grupo de restritos países que tem duas
biosferas. O nosso território tão pequeno e com duas ilhas classificadas
totalmente, todo o seu território, como reserva mundial da biosfera. Impõe-nos
desafios científicos brutais, extraordinários, e a instalação do concelho
científico do instituto não poderia vir em melhor hora “, acentuou.
O desafio agora, apontou, é conectar essa comissão à Comissão Nacional
da UNESCO dando força à vice-presidência da Comissão Nacional da UNESCO, ligado
ao ambiente, para que o País possa ser no futuro um “exemplo na implementação
do plano da biosfera”.
A declaração oficial sobre este processo será feita, posteriormente,
pelo ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, enquanto
vice-presidente da Comissão Nacional da UNESCO, que acompanhou todo o dossiê de
candidatura.
FONTE: INFORPRESS