Governo mostra-se “determinado” na materialização de uma justiça “célere e eficaz”
O
Governo reafirmou hoje “determinação” em trabalhar junto da sociedade civil
para a materialização de uma justiça “célere e eficaz”, de modo a “reduzir
significativamente” as pendências e morosidades processuais no País.
A afirmação é do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e foi feita
durante a cerimónia de inauguração do Tribunal de Execução de
Penas e Medidas de Segurança do Sotavento e do Tribunal de
Pequenas Causas na Comarca da Praia, instâncias cuja criação classificou de
“importante” para a “melhoria da confiança” no sistema de justiça.
Confirmou que o Tribunal de Execução de Penas terá um impacto na
diminuição das pendências, ao passo que a Tribunal de Pequenas Causas da
Comarca da Praia vem responder ao “elevado número” de processos existentes,
seja em matéria cível, seja em matéria penal, de forma a corresponder aos
desafios lançados para realização da justiça em Cabo Verde.
“O Governo está a materializar aquilo que projectou, que se comprometeu.
Desde logo em concretizar aquilo que estava previsto na organização judicial
aprovada em 2011. Nove anos depois estamos a fazer as coisas acontecer”,
explicitou o chefe do Executivo, ressalvando que também se está a cumprir na
justiça
Nesta linha, considerou “fundamental” que se priorize o sentido das
reformas e dos investimentos no sector da justiça, visando prestar um “bom
serviço” aos cidadãos, utentes e economia, tendo reafirmado a justiça como “um
dos grandes pilares” da confiança dos cidadãos no Estado.
A ministra da Justiça, por seu lado, explicou que com estas instâncias
culmina a entrega das infra-estruturas executadas na lógica da arquitectura do
funcionamento do sistema judicial cabo-verdiano, pensada na decorrência da
revisão Constitucional de 2010, reflectida nas leis de 2011, entretanto,
implementada a partir de 2016.
Janine Lélis realçou que o Governo “não tem poupado esforços” para a
criação de todas as condições para a melhoria do funcionamento da justiça, com
o intuito de ser traduzida num nível de satisfação dos utentes, não obstante,
continuou, a complexidade do funcionamento do sistema, para que as respostas
sejam mais céleres.
Enalteceu o nível de responsabilidade que os magistrados têm sobre os
seus ombros nestes tribunais, que entraram em funcionamento no dia 01 de
Outubro, para decidirem causas que representam a vida das pessoas, razão pela
qual espera que mais do que instalação das novas infra-estruturas, traduzam em
“ganhos efectivos e reais” na realização da justiça.
Isto para que possam trazer “melhorias significativas” na capacidade de
respostas dos tribunais e da magistratura para a resolução dos problemas dos
cabo-verdianos.
Por sua vez, o presidente do Conselho Superior de Magistratura Judicial,
Bernardino Delgado, manifestou satisfação pela criação destas duas instâncias
judiciais, por entender que irão representar um ganho que deverá ser traduzido
no combate ás pendências e morosidade processuais.
FONTE:
INFORPRESS