Cinema: “Cabo Verde tem bases sustentáveis para falar da democratização do cinema e do audiovisual” – Júlio Silvão
Cabo Verde tem
bases sustentável para falar da democratização, popularização e a massificação
do cinema e do audiovisual, graças aos meios tecnológicos disponíveis, em
particular telemóveis com câmara de filmar incorporado.
A ideia foi defendida hoje pelo vice-presidente da Associação do Cinema
e Audiovisual de Cabo Verde (ACACV), Júlio Silvão, que participa na tarde de
hoje no ‘webinar’ sobre “Democratizando do cinema e audiovisual, utopia ou
possibilidade”, realizado pela associação para comemorar o Dia Mundial do
Cinema, que se assinala hoje.
“Democratização do cinema não é algo exclusivo dos propósitos de Cabo
Verde tendo em conta a nova tecnologia, principalmente os telemóveis novos com
câmara de filmar incorporado, isso faculta este propósito nosso que é a
democratização do cinema (…). Temos bases sustentável para faláramos da
democratização e popularização da massificação que queiramos do cinema e do
audiovisual”, advogou.
Hoje em dia, adiantou, há cada vez mais filmes feitos com telemóvel e
também existem festivais de cinema de filmes produzidos com este dispositivo.
Sendo que os telemóveis estão nas mãos de toda a franja populacional em
Cabo Verde, defendeu que isto permite uma acção sustentável desde a educação,
passando pela cultura e pela arte, de maneira que todos podem ser produtores ou
realizador, hoje em dia.
“Eles têm caminho aberto e a única questão é saber filmar, saber
construir planos, e é isso que a ACACV está precisamente a fazer, a criar
formações de ensinar as pessoas a utilizarem as ferramentas dos telemóveis,
mostrar como construir planos e editar”, precisou, relembrando que há cerca de
quatro anos iniciaram este processo em Cabo Verde.
Em relação a avaliação que faz do sector do cinema em Cabo Verde, o realizador
considerou que a situação “é razoável”.
“Não digo bom porque carecemos de muita coisa, mas acho que está
razoável. O que é certo é que não está enferme, e isto é fundamental porque se
faz coisas interessantes, temos cada vez mais pessoas a filmar, temos cada vez
mais pessoas interessadas a aprenderem a filmar, temos universidades a
projectar formação na área do cinema e não generalizada entre cinema e o
audiovisual”, elucidou, ajuntado que isto lhes dá mais perspectivas para o
desenvolvimento deste sector.
Recentemente no parlamento, o ministro da Cultura e das Indústrias
Criativas, Abraão Vicente, sugeriu que parte da receita proveniente da taxa da
compensação equitativa pela cópia privada seja canalizada ao sector do cinema e
do audiovisual.
Interpelado sobre esta proposta, Júlio Silvão afirmou que isto será uma
fonte de financiamento “muito importante”, que pode ajudar no desenvolvimento
do cinema e do audiovisual no País.
Entretanto, mas do que isso, sublinhou, estão a procurar outros
financiamentos junto do Fundo do Turismo e do Fundo do Ambiente, e outros
fundos, que estão relacionados com a vida dos cidadãos.
“Isto porque se tivermos como base de que o cinema e audiovisual é tão
importante para o desenvolvimento de Cabo Verde como outras áreas da economia,
da política, da sociedade, enfim como outras áreas consideradas importantes
para o desenvolvimento do País”, explicou.
O Dia Mundial do Cinema é celebrado anualmente a 05 de Novembro.
Ao cinema atribuiu-se o título de Sétima Arte, uma designação dada pelo
italiano Ricciotto Canudo na obra Manifesto das Sete Artes, em 1912.
Em comemoração ao Dia Internacional do Cinema, os espaços culturais
incentivam a apreciação da Sétima Arte com exibição de filmes gratuitamente,
realização de concursos e até exposições relacionadas com a história dessa
manifestação artística.
FONTE: INFORPRESS