São Vicente: PM ambiciona economia azul inclusiva e sustentável e acelerador do crescimento económico
O
primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse hoje, no Mindelo, que deseja
uma economia azul inclusiva e sustentável, enquanto “importante acelerador” do
crescimento económico e “catalisador” de maior resiliência económica, de mais
emprego e bem-estar para as populações.
Ulisses Correia e Silva fez estas declarações na abertura da 3ª edição
da Cabo Verde Ocean Week (CVOW), que decorre até sexta-feira, 20 de
Novembro, em São Vicente, com transmissão online para participantes
internacionais.
Segundo Ulisses Correia e Silva, a economia azul “é uma grande
prioridade” para Cabo Verde nas suas diversas vertentes, a nível do
conhecimento e do saber, da inovação, da investigação e do desenvolvimento, da
segurança alimentar e a nível económico”.
O primeiro-ministro lembrou que Cabo Verde é 99 por cento (%) mar e, por
isso, “transformar o mar em economia azul é um grande desafio” do seu
governo, que consta da agenda 20-30.
É por isso que, adiantou, criaram o Ministério da Economia Marítima a
Zona Económica Especial para a Economia Marítima de São Vicente e o Campus do
Mar, todos sediados em São Vicente.
“Trata-se de uma opção clara por um de um modelo focado na vocação
regional de São Vicente, na sua história económica ligada ao mar e nas
oportunidades que se abrem para o futuro”, enfatizou o chefe do Governo.
Concretamente sobre a Cabo Verde Ocean Week, Ulisses Correia e Silva
defendeu que “é um evento importante” que durante uma semana reúne na cidade do
Mindelo actividades nos diversos domínios da economia azul, e é uma
oportunidade para reforçar a consciencialização, a partilha de conhecimento e
boas práticas e uma “atitude favorável” à preservação da saúde do mar e dos
recursos marinhos.
“É uma oportunidade para juntos construirmos e contribuirmos para
soluções que tornem a gestão dos oceanos mais sustentável, quer do ponto de
vista do uso dos recursos marinhos, quer do ponto de vista do combate às
ameaças, à saúde oceânica, ao lixo marinho, à poluição à pesca ilegal e à
perda de habitas e biodiversidade”, concretizou o chefe do Governo.
Segundo Ulisses Correia e Silva esta 3ª edição do evento “deve
contribuir para reforçar o alinhamento de Cabo Verde com as melhores práticas
internacionais em torno dos grandes motivos e dos grandes problemas ligados aos
mares e aos oceanos”.
Por sua vez, o ministro da Economia Marítima, Paulo Veiga, adiantou que,
este ano, por ser atípico devido à pandemia global, o evento terá um formato
diferente, em que os encontros e as conferências internacionais serão virtuais,
através de plataformas digitais.
Isto, porque, sustentou o chefe do Governo, “não poderiam deixar de
realizar este grande evento que se transformou numa marca e que conquistou
respeito internacional, deu visibilidade ao País, chamou atenção a outras
nações para as potencialidades das ilhas, e para o seu posicionamento
geográfico e exibiu Cabo Verde como palco privilegiado de economia azul”.
Já o presidente substituto da Câmara Municipal de São
Vicente, Rodrigo Rendall, afiançou que a Cabo Verde Ocean Week terá
“espaços privilegiados para o debate de ideias, de reputada relevância,
rica em partilha de conhecimentos”.
Para o autarca, são espaços que vão contribuir para a
“clarificação de acções que possam promover o intercâmbio de informações e
experiências e gerar estratégias conjuntas para fazer face aos grandes desafios
da gestão sustentável dos oceanos, da sua preservação e potencialidades”.
FONTE: INFORPRESS