Ministro da Agricultura destaca ganhos do projecto Reflor-CV no reforço da resiliência do sector florestal

O ministro da Agricultura e Ambiente destacou hoje a importância do projecto para Cabo Verde, acrescentando que durante os três anos da sua execução os ganhos são visíveis a nível do reforço da resiliência florestal e das comunidades.

O responsável pela pasta da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, fez estas considerações em declarações à imprensa, à margem da IV reunião do Comité de Pilotagem do projecto Reflor-CV, para a apresentação das actividades desenvolvidas e dos resultados relativos ao plano de trabalho e orçamento 2019/2020, realizada na Cidade da Praia.

De acordo com o governante, tendo em conta as mudanças climáticas, há necessidade de se apostar na capacitação dos técnicos e aumentar a própria massa florestal, realçando que os grandes objectivos no sector florestal tem a ver com a capacitação, o reforço e a gestão florestal.

“Neste terceiro ano de execução, nós tivemos um avanço importante, tendo em conta os três anos de seca. Este ano choveu e nós podemos produzir cerca de mil plantas, entre as espécies florestais e fruteiras que foram fixadas com a participação de 17 associações comunitárias”, informou, referindo que este projecto está a ser executado nas ilhas do Fogo, Santiago e da Boa Vista e está orçado em cerca de 5,5 milhões de euros.

Do ponto de vista financeiro, prosseguiu, há também avanços registados durante esse período, não obstante os constrangimentos causados pela pandemia da covid-19, avançando que os restantes 40% de recursos serão canalisados nos dois últimos anos da implementação do projecto “Reforço da capacidade de adaptação e resiliência no sector florestal em Cabo Verde” – Reflor-CV.

Apontou, no entanto, o reforço da capacidade e consolidação de todos os instrumentos de gestão florestal, como um dos desafios a ser ultrapassados, visando garantir a continuidade de produção de plantas em viveiros contratualizados a nível das comunidades e fixação de mais plantas florestais.

Gilberto Silva informou, ainda, que tendo em conta que a floresta em Cabo Verde, que ao longo do tempo foi construída com base na introdução de espécies exóticas, neste projecto, procurou-se introduzir as espécies de Cabo Verde, nomeadamente as autóctones, algumas delas endémicas que permitem também reforçar a resiliência dos povoamentos florestal e do próprio sector florestal.

“Um dos objectivos essenciais dos povoamentos florestais em Cabo verde tem a ver com a preservação de solos e água. Várias florestas são ditas florestas de produção, isto é, produção de madeira, lenha e aqui em Cabo Verde o sentido mais importante da florestação tem a ver precisamente com ambientes, com a conservação de solos e agua”, afirmou, salientando o papel essencial e ambiental que os povoamentos florestais desempenham na redução da erosão e conservação da fertilidade dos solos.

O projeto “Reforço da capacidade de adaptação e resiliência no sector florestal em Cabo Verde” é do Ministério da Agricultura e Ambiente, financiado pela União Europeia e executado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

O seu principal objectivo é o de aumentar a resiliência e a capacidade de adaptação para enfrentar os riscos adicionais colocados pelas mudanças climáticas na desertificação e degradação da terra em Cabo Verde.

 

 

 

 

FONTE: INFORPRESS

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