São Vicente: Impasse na instalação dos novos órgãos municipais após chumbo de lista proposta pela MpD
A sessão de
instalação dos órgãos municipais de São Vicente deve prosseguir esta
quarta-feira, 18, após o impasse que se instalou com o chumbo de uma lista para
a composição da mesa definitiva proposta pelo MpD.
Numa sessão que até se iniciou com música, através do piano de Chico
Serra, e que durou mais de três horas, com a presença do ministro Fernando
Elísio Freire, ficou-se apenas pela tomada de posse dos 21 eleitos municipais,
sendo nove do MpD, sete da UCID, cinco do PAICV e um do Movimento Mas Soncent.
Na cronologia dos factos hoje registados na Academia Jotamont, no
Mindelo, cumpridas as formalidades impostas pela lei quanto à tomada de posse,
seguiu-se a eleição da mesa provisória que ficou constituída pela primeira
eleita da lista mais votada, neste caso Lídia Lima, pelo MpD, e pelos dois
eleitos mais novos para vice-presidente e secretário.
Conforme o regimento, cabe à mesa provisória dirigir a sessão até a
votação da mesa definitiva, pelo que, estabelecido o período de cinco minutos
para a entrada de listas concorrentes, apenas o Movimento para a Democracia
(MpD), que venceu as eleições com maioria relativa, apresentou uma lista.
Esta, que propunha Lídia Lima, para presidente da Mesa da Assembleia
Municipal, Miguel Duarte, para vice-presidente, e Domingos Lima, para
secretário, todos do MpD, acabou chumbada com 12 votos contra da UCID, PAICV e
MIMS, e nove a favor do MpD.
Chegados a este ponto, o PAICV introduziu um requerimento a solicitar a
aceitação de uma nova lista para votação, esta proposta conjuntamente com a
UCID, mas após acesa troca de argumentos, com citação de vários artigos do
Regimento da Assembleia Municipal e do Estatuto dos Municípios, a presidente da
mesa provisória não submeteu o requerimento à votação, o que, para os
proponentes, foi uma “grosseira violação” do regimento e um “comportamento
ditatorial”.
No momento seguinte, no entanto, Lídia Lima aceitou uma proposta de
suspensão dos trabalhos e adiamento da sessão para o dia seguinte, feita pelo
secretário da mesa provisória, que também não levou à votação da plenária, mas
aceitou a mesma.
Assim, Lídia Lima decidiu pela suspensão dos trabalhos, que devem
reiniciar esta quarta-feira, 18, no mesmo local e à mesma hora, pedido de
suspensão que ela reforçou evocando regras sanitárias que não aconselhavam,
segundo ela, que a reunião durasse mais de duas horas e meia, quando já se
estava com mais de três horas de reunião.
Ou seja, a sessão de instalação dos novos órgãos autárquicos de São
Vicente, saídos do escrutínio do dia 25 de Outubro, fica adiada por mais 24
horas, já que sequer se falou do acto solene de instalação da câmara saída das
eleições do dia 25 de Outubro.
FONTE:
INFORPRESS