Santo Antão: Falta de mão-de-obra especializada condiciona andamento das obras da estrada Esponjeiro/Lagoa
A ministra das
Infra-estruturas, Ordenamento do Território e Habitação, Eunice Silva,
justificou, esta terça-feira, algum atraso nas obras de construção da estrada
Esponjeiro/Lagoa, no Planalto Leste, com a falta de mão-de-obra especializada.
Calceteiros, pedreiros e produtores de paralelos, para o calcetamento
dessa estrada, são alguns dos operários cuja falta é sentida pela empresa
construtora, segundo a ministra.
Eunice Silva dedicou o dia às obras em curso nos concelhos da Ribeira
Grande e do Paul, com visita, também, às obras da estrada Chã de
Igreja/Cruzinha, de quatro quilómetros de extensão e financiado pelo Programa
de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades (PRRA) em cerca de 183 mil
contos.
A estrada de penetração no vale de Figueiral do Paul, com um quilómetro
e meio de extensão, igualmente financiado pelo PRRA, em cerca de 120 mil
contos, também recebeu a visita da ministra Eunice Silva que, em declarações
aos jornalistas, disse que essa “é uma das obras mais complexas que este
Governo está a fazer”, juntamente com Fragata (São Nicolau) e Piorno (ilha do
Fogo).
No entender de Eunice Silva, a construção dessas obras justifica-se,
apesar da complexidade, tendo em conta que são localidades muito ricas, tanto
do ponto de vista da produção como do ponto de vista do potencial turístico.
A requalificação urbana da cidade da Ponta do Sol agradou à ministra que
considerou que essa urbe está a ficar “uma cidade muito bonita, arrumada e
planeada” e destacou, igualmente, o projecto “cidades coloridas” já
implementado nos bairros de Praia de Gi e de Tarafes, no concelho do Paul,
cujas casas foram pintadas no exterior dando “um visual diferente a essas
localidades”.
Cidades coloridas é um projecto, orçado em pouco mais de 110 mil contos,
que abrange todas as ilhas de Cabo Verde, num total de cerca de três mil casas,
identificadas em 25 bairros, a maioria na ilha de Santiago (norte e sul),
nomeadamente em Achada Mato, cidade da Praia, onde os trabalhos começaram
recentemente.
Segundo Eunice Silva, todas as obras visitadas durante a sua estada na
ilha de Santo Antão têm conclusão prevista para o primeiro trimestre de 2021 e
representam um investimento que ronda um milhão e meio de contos, apenas para
as obras geridas directamente pelo Governo, mas a governante disse que há
outras obras financiadas pelo Governo mas implementadas pelas câmaras
municipais.
FONTE: INFORPRESS