Cabo Verde terá “o mais tardar até Janeiro de 2021” um embaixador residente na Guiné-Bissau – primeiro-ministro

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse hoje que Cabo Verde terá, “o mais tardar até Janeiro de 2021”, um embaixador residente na Guiné-Bissau, garantindo que já há indicações de quem poderá ser o representante diplomático.

O chefe do Governo fez esta revelação durante a cerimónia de apresentação pública da instalação da referida embaixada, realizada no Palácio do Governo.

“O mais tardar até Janeiro. Poderemos, eventualmente, faze-lo antes. Já há indicações de quem poderá ser o embaixador, mas não posso dizer o nome porque isto depois percorre os seus trâmites, tem que se fazer a acreditação, a nomeação e só depois a instalação”, afirmou.

Nas suas declarações proferidas durante o acto, Ulisses Correia e Silva frisou que o arquipélago cabo-verdiano está assim a retribuir aquilo que a Guiné-Bissau fez, por iniciativa pioneira, em 2018, quando instalou em Cabo Verde a sua embaixada, a funcionar com um embaixador residente.

Para o governante, a instalação da embaixada de Cabo Verde na Guiné-Bissau poder ser vista como uma ponte para se reforçar a ligação do arquipélago com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), organizações em que ambos os países estão inseridos.

“Precisamos ter também espaços que dêem o sinal claro da vontade política e de comprometimento com essas duas organizações das quais nós pertencemos”, prosseguiu Ulisses Correia e Silva, reafirmando que o seu governo foi o primeiro a criar o cargo de ministro de Integração Regional, com a intencionalidade de fazer com que políticas integradas tenham uma “cara de representação”.

Por seu turno, o embaixador da Guiné-Bissau em Cabo, M’Bala Alfredo Fernandes, referiu-se a concretização de um projecto que já vinha de há muito tempo, ressaltou que a história uniu os dois povos em séculos de “dor e de esperança, carregada de simbolismos e de espírito de unidade”.

“Decidiu-se em bom momento, em 2011, criar o primeiro Consulado Geral de Guiné-Bissau em Cabo Verde. Esse consulado geral trabalhou no sentido de ajudar a integrar e organizar melhor a nossa comunidade residente”, continuou o diplomata, revelando que, tendo em conta os dados e as fontes estatísticas díspares, estima-se que esteja a viver em Cabo Verde entre sete e dez mil guineenses.

“Sentem-se em casa. Costumamos dizer que há uma falta administrativa, mas não é falta de apoio social, não é falta de sentirem-se em casa numa terra que os acolheu e onde estão a trabalhar e formar as suas famílias”, finalizou.

 

 

 

 

 

FONTE: INFORPRESS

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