Trabalhadores insurgem-se contra plataforma criada para “resgatar e unir” UNTC-CS


Um grupo de cinco trabalhadores de três sindicatos de São Vicente –, SINTAP, SICS e SIMETEC –, repudiaram, hoje, o anúncio de que os sindicatos de São Vicente aderiram à plataforma sindical criada por 12 sindicatos filhados da UNTC-CS para fazer frente à liderança de Joaquina Almeida.


Munidos de um abaixo-assinado com pouco mais de 50 assinaturas, o grupo diz falar em representação de “muitos trabalhadores” de São Vicente, descontentes com a forma como a decisão foi tomada, sem auscultá-los.


“Repudiamos veemente este tipo de atitude, pois os trabalhadores, que todos os meses pagam as suas cotas e garantem a subsistência dos sindicatos, não foram ouvidos relativamente à sua entrada nesta plataforma que não existe nos estatutos dos sindicatos”, declarou Camilo Silva, membro da SIMETEC, durante uma conferência de Imprensa.


Para Silva, o grupo à frente dessa decisão, encabeçado pelo sindicalista e presidente da SIMETEC, Tomás de Aquino Delgado, “não tem nenhuma legitimidade para representar os trabalhadores em nenhuma plataforma”.


Na mesma linha, Baltazar Oliveira, da SINTAP questiona a real motivação desta plataforma, bem como a sua base legal.


“Sentimo-nos enganados, ignorados e defraudados nas nossas espectativas sindicais, porque nós pertencemos à UNTC-CS e não a plataforma nenhuma”, precisou, acusando os presidentes dos sindicatos implicados de arbitrariedade.


Este grupo aconselha, por isso, os presidentes destes três sindicatos a recuarem “imediatamente” na sua decisão.


De recordar que, esta segunda-feira, 23, a central sindical anunciou que não reconhece a referida plataforma, criada, segundo diz, à revelia dos estatutos da organização sindical.

“Instamos os sindicatos a cumprirem com os estatutos, porque o oitavo congresso será realizado no período próprio, mas com o amparo da legalidade. As declarações do senhor Tomás de Aquino, presidente do SIMATEC, são ilegítimas e de má fé, ele e os seus camaradas defendem problemas pessoais, não se interessam pelos problemas dos trabalhadores, particularmente dos marítimos que estão abandonados à sua sorte há mais de 20 anos”, declarou Fernando Baldé, membro da comissão permanente.


A plataforma sindical que objectiva “resgatar e unir” a UNTC-CS foi apresentada publicamente no passado dia 20 de Novembro, constituído por 12 dos sindicatos filiados nessa central sindical.


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