DGAPE “preocupada” com organização logística das eleições legislativas na diáspora

Cidade da Praia, 03 Dez (Inforpress) – A directora-geral de Apoio ao Processo Eleitoral mostrou-se hoje “preocupada” com a organização logística das eleições legislativas na diáspora, devido a pandemia da covid-19, cogitando a possibilidade de a votação ser realizada apenas nas embaixadas e nos postos consulares.

Arlinda Chantre expressou essa preocupação em declarações à imprensa, após ser recebida em audiência pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, para abordar o planeamento e demais acções para as próximas eleições legislativas.

Segundo esta responsável da DGAPE, neste momento, o principal condicionalismo das legislativas tem a ver com a organização logística do processo eleitoral na diáspora, garantindo, no entanto, que a nível nacional estarão criadas todas as condições para a realização das eleições.

“Nós sabemos que neste momento, em vários países, a situação da covid-19 está a agravar-se (…), esperamos  que a situação  melhore. No entanto, existem condicionantes que nos preocupam, têm a ver, por exemplo, com a capacidade de fazermos chegar o material a todos os países onde está a nossa diáspora e onde nós realizamos as eleições, em tempo útil”, afirmou.

Arlinda Chantre asseverou, neste sentido, que tendo em conta o actual contexto de pandemia, o processo de votação pelos eleitores residentes na diáspora será realizado apenas nas embaixadas e nos postos consulares, o que “poderá limitar o processo eleitoral”.

“Cabo Verde tem a possibilidade de constituir assembleias de voto em vários pontos de qualquer país a excepção de dois estados, que têm regras bastante específicas quanto a realização das eleições em que as mesmas só podem ser realizadas nas embaixadas e nos postos consulares o que terá um impacto de diminuição considerável do número de votantes já que a nossa diáspora é muito grande”, afirmou.

Questionada sobre o número de cabo-verdianos que poderão ficar afectados, Arlinda Chantre disse que tudo vai depender do momento em que forem marcadas as eleições e, como a situação da pandemia evoluir nos próximos meses, adiantando, por outro lado, que existem cerca de  40 mil cabo-verdianos inscritos em todo o estrangeiro.

CM/CP

Inforpress/Fim


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