Partido Popular pede ao Governo que faça uma melhor gerência das ajudas externas em 2021
Esta é, segundo a Inforpress, a apreciação que o Partido Popular faz da mensagem de natal do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, em que este focou na luta que o País está a fazer no combate à covid-19, depois de ter enfrentado por mais uma situação de emergência devido aos três anos consecutivos de “seca severa”.
Felisberto Semedo reconheceu que estes dois aspectos prejudicaram o País, mas por outro lado, acusou o Governo de não ter gerido bem os recursos disponibilizados ao País pela via da cooperação internacional.
Ao seu ver, grande parte das verbas fora canalizada para a campanha autárquica de 25 de Outubro.
“Covid-19 foi um problema e depois três anos de seca também foi um problema, mas Cabo Verde não foi abandono. Fomos sempre apoiados nesta matéria, houve recursos, doação e ajudas externas, mas tudo isso foi desencaminhado, foi desfocado. A ajuda externa que era para fazer face à covid-19, grande parte foi usada para campanha”, denunciou.
Sendo que o País ainda está a enfrentar a crise provocada pelo novo coronavírus e ainda os efeitos dos três anos de seca estão a reflectir na população cabo-verdiana, o PP recomenda ao Governo que, em 2021, todas as ajudas externas sejam “melhores geridas”.
Segundo a ainda a mesma fonte, no âmbito do plano de mitigação de mau ano agrícola, o PP lembrou que há agricultores e criadores de gado que receberam o vale cheque de 300 escudos para compra de ração e que não o usaram por considerarem “não ser eficaz”.
“Atribuir a uma pessoa de Santa Cruz um vale cheque de 300 escudos para ir adquirir um saco de ração que custa 1.500 escudos, na Praia, e ainda assumir as despesas com o custo de transporte não é suficiente”, reiterou.
Tudo isso, finalizou, é um conjunto de coisas que apelam ao Governo para ter “mais serenidade e mais foco” em 2021, conclui a Inforpress.