Balanço/Cultura: Governo classifica 2020 como um ano “extraordinário e amargo”

Cidade da Praia, 29 Dez (Inforpress) – O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas considerou que 2020 foi um ano “extraordinário” em termos de conclusão de alguns projectos, mas, ao mesmo tempo, um ano “amargo” por não conseguirem “socorrer”, na medida desejada, os criadores.

Em jeito de balanço do ano que está, praticamente, no fim, Abraão Vicente disse à Inforpress que 2020 foi um ano “extraordinário” em termos da concretização dos projectos que estavam em pauta e que não dependiam da interacção de pessoas.

Fez referência a inauguração da Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Ribeira Grande de Santiago, Nossa Senhora da Luz, em São Domingos, Santiago Maior, em Santa Cruz e a conclusão para breve da Igreja Nha Santa Catarina, em Santa Catarina e de Nossa Senhora da Luz, na Ilha do Maio.

“As obras continuaram e acaba por ser um ano positivo com este amargo na boca de não conseguirmos socorrer, na medida em que deveríamos, como Estado, todos os criadores e artesãos e termina com um grande sucesso que é a Feira do Artesanato e do Design de Cabo Verde, que é a prova de resiliência do sector em Cabo Verde”, afirmou.

Por outro lado, o governante considerou que foi um “ano atípico” porque as salas de espectáculos, os museus e todos os espaços culturais foram fechados e foi cancelado o financiamento de grande parte dos eventos em que o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas era parceiro.

Para Abraão Vicente, a realização de actividades como o Festival do Mindelact, Festival de Teatro do Atlântico, Feira de Artesanato e Design de Cabo Verde (URDI) acabam por provar a resiliência deste sector.

Para o governante, a normalização deste sector, que foi dos primeiros a encerrar em meados de Março por causa da pandemia do novo coronavírus, vai depender da implementação do Plano Nacional de Vacinação.

Abraão Vicente lamentou o facto de vários projectos do seu ministério, que deveriam arrancar ou concluir este ano, terem sido todos cancelados.

Neste sentido, frisou, com um corte orçamental à volta de 112 mil contos, o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas vai focar, em 2021, na conclusão de projectos que já estavam em curso e em fase final.

Ficam de fora o dossiê de candidatura do ex-Campo de Concentração do Tarrafal a Património da Humanidade, o projecto de candidatura a Património Cultural Imaterial da Tabanka, e o projecto de candidatura a Património Cultural Imaterial das festas de São João.

O projecto de Património da Humanidade das ilhas inscritas na lista indicativa da Unesco, nomeadamente Vila de Nova Sintra, Ilha Brava, e a cidade de São Filipe, na Ilha do Fogo, também não serão executados.

AM/HF/DR
Inforpress/Fim


Categoria:Noticias