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Segundo o documento, citada pela Inforpress, a produção na região da África Subsariana sofreu uma contração de cerca de 3,7% em 2020, devido às perturbações na atividade económica provocadas pela pandemia da covid-19 e os bloqueios associados e o rendimento per capita diminuiu 6,1% fazendo retroceder em pelo menos uma década os padrões de vida médios num quarto das economias desta região africana.
O relatório indica que os países mais afetados foram os países com grandes surtos domésticos, fortemente dependentes das viagens e do turismo, nomeadamente Cabo Verde, Etiópia, Maurícia e Seychelles e os exportadores de matérias-primas, em especial os exportadores de petróleo.
O BM prevê um crescimento moderadamente na região de 2,7% em 2021, embora se preveja que a recuperação do consumo privado e do investimento seja mais lenta do que anteriormente previsto, e espera-se que o crescimento das exportações acelere gradualmente, em consonância com a recuperação da atividade entre os principais parceiros comerciais.
Em relação aos países lusófonos, o relatório prevê que todos regressem ao crescimento económico já este ano, exceto a Guiné Equatorial, que deverá manter a recessão dos últimos anos em 2021 e em 2022.
A relatório indica que a economia angolana deverá crescer 0,9%, Cabo Verde com 5,5%, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Moçambique deverão registar um crescimento de 3%.
A Guiné Equatorial teve um crescimento económico negativo de 9% no ano passado e deverá manter-se no ‘vermelho’, com a riqueza a cair 2,8% este ano e 1,2% em 2022.
Ainda assim, o PIB (Produto Interno Bruto) per capita deverá cair novamente este ano, à volta de 0,2%, o que, salienta o Banco Mundial, “coloca os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável ainda mais fora do alcance de muitos países na região e empurra dezenas de milhões de pessoas para uma situação de pobreza externa neste e no ano passado”.
“A retoma da atividade nas principais economias avançadas e emergentes e nos principais parceiros comerciais da região (Europa, China e EUA) baseia-se principalmente em notícias positivas sobre o desenvolvimento e o início da distribuição de vacinas, assim como em novos pacotes de estímulo orçamental”, lê-se no documento.
A nível global, o Banco Mundial reviu em baixa a projeção do crescimento da economia global para 4% em 2021, esperando ainda uma contração de 4,3% em 2020.
O relatório indica que a dívida pública na região aumentou acentuadamente para cerca de 70% do PIB em 2020, e elevou as preocupações sobre a sustentabilidade da mesma em alguns países.