Chegam aos mercados as primeiras produções de uva do Fogo
A adega Chã, dos viticultores de Chã das Caldeiras, área de maior expressão da vinha na ilha, perspectiva uma boa produção de vinho para este ano. Se se confirmar a previsão, a produção de 2017 poderá ultrapassar os 200 mil litros de vinho, ou seja, ser três vezes mais do que a produção de 2016, que, segundo David Gomes, ultrapassou os 70 mil litros.
Neste momento, existe uma adega provisória, com capacidade para pouco mais de 100 mil litros, o que deverá exigir aos responsáveis da adega a mobilização de outros meios para transformar a matéria-prima, se o nível de produção prognosticado neste momento venha a confirmar-se.
A previsão de produção depende das condições climáticas favoráveis, mas também do aumento da área cultivada, com fixação anualmente de milhares de plantas de videiras, aproveitando todo o terreno disponível e propício para a pratica de agricultura.
Este ano, o vinho de marca Sodade perspectiva boa produção de vinho branco, rosé e tinto. Os dados apontam, no entanto, para uma produção de uva preta menor do que a de uva branca. O que significa que haverá menos vinho tinto este ano.
Vinho caseiro ganha mercado
O vinho caseiro Manecón também está a conquistar terreno no mercado nacional e internacional, tornando-se num negócio rentável para alguns produtores. Mais sofisticado e um pouco mais depurado, o Manecón ganhou uma nova roupagem – agora passou a ser engarrafado; Calcula-se que este ano ultrapasse os 30 mil litros. Um aumento da produção que responde também a uma maior demanda.
Muitos são os que hoje não dispensam esse vinho produzido em casa pelos homens de Chã das Caldeiras, Relva-Achada Grande e outras zonas altas da ilha do Fogo. Cada litro de Manecón oscila entre os 400 e 500 escudos. O consumo do Manecón é mais local, mas não pára de ganhar apreciadores nas ilhas de Santiago e Sal.