Chã das Caldeira: População indignada com falta de água e ameaça com acção de surpresa

A população de Chã das Caldeiras, queixa-se de penúria de água para o consumo humano e do “descaso das autoridades” locais e nacionais em resolver o problema de abastecimento do precisoso liquido. Quem o diz é o activista social Miguel Montrond, que foi ex-representante dos moradores junto da Comissão Interministerial local. Montrond reclama sobretudo as promessas da campanha não cumpridas e exigem respeito para com os moradores. “Caso contrário poderão ter surpresas se não fizeram o prometido”, avisa o cidadão em contacto com este diário digital

Numa missiva enviada ao Asemanaonline, Montrond afirma que o único meio de reserva de água, as cisternas, foram destruídas com a ultima erupção vulcânica. Com o passar dos meses mais famílias regressam a Chã das Caldeiras afim de retomar as suas vidas. Na opinião de Miguel Montrond, os governos vêm falhando quanto ao realojamento dos deslocados, para o retorno dos familiares e a reconstrução na caldeira. Alerta que, com o aumento da população, a procura pela água captada através das chuvas fica insuficiente para satisfazer as necessidades.

“A população tem estado a reivindicar junto das autoridades mais água para a satisfação das necessidades, mas as autoridades têm estado a falhar em todos os aspectos, inclusive no que toca ao abastecimento de água para a população. A situação é bem dolorosa: algumas famílias costumam pagar 60 escudos para um balde de água. Os quatro recipientes colocados na Caldeira para armazenar água para ser vendida à população, encontram-se sempre vazios e muitas vezes as famílias levam água de outras localidades para Chã das Caldeiras, mas nem todas conseguem fazer isso, porque não dispõem de recursos para pagar o transporte, que é muito caro”, afirma Miguel Montrond.

O porta-voz dos moradores, defende que “a população merece respeito dos que governam. Estamos num país democrático e exigimos respeito”, disse o representante da população, acrescentando que “com os milhões no cofre, (cerca de 500 mil contos) no final do ano de 2016, ainda a população carece de meios para ter uma refeição”, uma vez que muitas famílias ficaram sem casa e sem terreno em Chã das Caldeiras, o que dificulta o reinício da vida.

Para estes 12 meses de governação do MpD, é o tempo mais do que suficiente para resolver as questões mais preocupantes, como é o acesso á água agua. “ O processo Chã das Caldeiras ficou bem mais complicado de gerir, por culpa dos que governam e que não tomam medidas eficazes para resolver a penúria e sofrimento da população de Chã”, advoga Miguel.


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