Cultura Cabo-verdiana mais pobre: Morreu a pintora Luísa Queirós

A cultura cabo-verdiana ficou mais pobre, com a perda daquela que foi um uma das mais conceituadas artista plástica deste arquipélago. Luísa Queirós, faleceu ao princípio da tarde desta quinta-feira, no Hospital Baptista de Sousa, em São Vicente, vítima de doença prolongada e depois de hospitalização que durou duas semanas. O seu corpo vai ser dado à terra esta tarde de sexta-feira a partir das 16:00.

O corpo de Luísa Queirós estará em câmara ardente no salão fúnebre da Agência Funerária Freitas e Fortes, na rua do Coco, a partir do meio-dia de sexta-feira, e o funeral parte dali às 16:00 para o cemitério da cidade de Mindelo.

Natural de Lisboa, onde nasceu em 1941, e esposa do também artista plástico cabo-verdiano Manuel Figueira, Luísa Queirós e o marido residiam no Mindelo desde 1975.

Em 1964 concluiu o Curso de Pintura da Escola de Belas Artes de Lisboa como estudante bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian.

Entre 1964 e 1977 leccionou Educação Visual em Lisboa e S. Vicente, sendo que em 1976 participou na criação da Cooperativa Resistência, no Mindelo, onde iniciou a sua actividade como tecelã.

Em 1978 participou na criação do Centro Nacional de Artesanato, onde leccionou tecelagem, tapeçaria e batik.

Desde os anos 1970 tem-se distinguido como criadora de marionetes, ilustradora de livros, revistas e capas de discos. Em 1992 criou a Galeria ” Azul+Azul=Verde” com Bela Duarte.

Luísa queirós realizou, desde 1970, perto de dezena e meia de exposições individuais e participou em mais de vinte exposições colectivas, em Cabo-Verde, Portugal, América Latina e Europa, estando a sua obra representada em várias colecções públicas e privadas.

Governo manifesta pesar pela morte da artista

O Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas lamentou hoje a morte da artista plástica Luísa Queirós, esta tarde no Mindelo, São Vicente, e endereçando, em nome do Governo, condolências aos familiares e amigos próximos.


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