Cabo Verde inaugura sua primeira Embaixada em Bissau
Em nota a que a Lusa teve acesso, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Comunidades refere que a visita do chefe da diplomacia de Cabo Verde vai decorrer de 14 a 19 deste corrente mês, para estabelecer contactos com autoridades oficiais dos dois países e visitar a comunidade cabo-verdiana residente em ambos os Estados. “O ministro vai ainda, presidir a inauguração das instalações da Embaixada de Cabo Verde na Guiné-Bissau", acrescenta-se na nota, citada pela Lusa.
Cabo Verde quer reforçar a sua política de integração na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e vê a Guiné-Bissau como "parceiro" para uma "estratégia comum" na comunidade, afirmou, a 05 de Fevereiro, o ministro dos Negócios Estrangeiros.
"Pelos laços de amizade entre os povos, os Governos e os Estados, sendo os dois países de língua portuguesa, será importante nós termos uma estratégia comum relativamente à CEDEAO", manifestou Rui Figueiredo Soares, que falava aos jornalistas, na Cidade da Praia, durante o ato de posse do primeiro embaixador de Cabo Verde residente da Guiné-Bissau, Camilo Leitão da Graça, que também já partiu para Bissau.
Ainda, de acordo com o chefe da diplomacia cabo-verdiana, os dois países têm as suas especificidades, mas todos pertencem ao mesmo espaço linguístico e cultural, que é a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e também a um espaço de vivência política comum, que é a CEDEAO, escreve a nossa fonte
Já o Senegal vai assumir a presidência rotativa da União Africana (UA) para o período 2022-2023, após uma escolha unânime dos 55 estados-membros da organização reunidos em cimeira no último fim de semana.
De salientar que a candidatura do Senegal foi apresentada em bloco pelos países da CEDEAO, de que fazem parte os lusófonos Cabo Verde e Guiné-Bissau, após as desistências das candidaturas do Gana e do Togo.
“A escolha para a presidência rotativa da União Africana é feita com um ano de antecedência, os países devem manifestar a sua vontade de assumir o cargo e a escolha, em regra, respeita critérios de representação geográfica”, cita a Lusa, acrescentando que o Senegal irá suceder na presidência à República Democrática do Congo (RDCongo), cujo Presidente Félix Tshisekedi assumiu no fim de semana, oficialmente, a liderança da organização.
A diplomacia cabo-verdiana foi uma das principais entusiastas da candidatura do Senegal à presidência da União Africana, com o ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano a manifestar a expectativa de que a escolha do Senegal possa beneficiar a integração regional do arquipélago.
"O Senegal é um parceiro próximo de Cabo Verde, com quem temos relações excelentes, o Presidente Macky Sall tem dado muito apoio à política de integração de Cabo Verde e será uma boa experiência e uma boa notícia para Cabo Verde", disse Rui Figueiredo Soares, segundo escreve a Lusa.