Fogo: Situação de Santa Catarina preocupa autoridades sanitárias
O responsável do centro de Saúde de Cova Figueira, Amilton Gamboa, avançou à Inforpress que o aumento de casos tem estado a preocupar as autoridades sanitárias e estava programado para hoje um encontro com o director da região sanitária para traçar um plano de intervenção.
A questão da aglomeração de pessoas, a não utilização de máscaras, realização de convívios e sobretudo a problemática de transportes escolar e de Santa Catarina para São Filipe, com as viaturas superlotadas e sem utilização de máscaras e outras medidas sanitárias podem estar na origem do aumento de casos.
Já em relação ao município de São Filipe, segundo os dados semanais apresentados pela delegada de Saúde, Joana Alves, a última semana registou uma melhoria em relação à semana anterior, registando um total de 12 casos, menos nove que na anterior.
Durante a semana finda foram processadas 216 amostras que resultaram em 12 casos positivos, representando uma taxa de positividade de 3,8 por cento (%).
Os casos activos estão localizados em Patim com quatro, Piquinho com três, Congresso, Cobom, Tongon, Achada Mentirosa e Almada com um caso cada, mas o que está a preocupar mais as autoridades sanitárias são os casos de Piquinho em que são da mesma família e onde se regista alguma resistência no cumprimento das medidas sanitárias, nomeadamente de permanência em casa.
Neste momento a ilha do Fogo, ultrapassou os dois mil casos acumulados da covid-19 (2024) desde o surgimento do primeiro caso a 17 de Agosto de 2020, sendo Santa Catarina com 133 casos acumulados, Mosteiros com 424 e São Filipe com 1.467 casos e 1.985 recuperados sendo Santa Catarina com 112, Mosteiros 421 e São Filipe 1.452, e seis óbitos, quatro em São Filipe e um nos Mosteiros e outro em Santa Catarina.
A ilha tem 34 casos activos neste momento distribuídos por Santa Catarina com 20 casos, São Filipe com 12 e Mosteiros com dois casos activos.
Durante o encontro para apresentação dos dados, a responsável pela fiscalização chamou atenção para a situação do mercado municipal onde as vendedeiras não estão a utilizar as máscaras, não há o distanciamento social, mas também não há condições à entrada para lavagem das mãos ou desinfecção devido à ausência de produtos, passando pela questão do próprio saneamento do espaço.
Igualmente foi transmitido aos integrantes da equipa de “task-force” de combate à pandemia que o estádio 5 de Julho e o campo de treino de Lém foram inspecionados e a partir de hoje serão reabertos para treinos e jogos, mediante o cumprimento das orientações.
A enfermeira responsável pela fiscalização indicou que ficou assente que as equipas deverão efectuar a medição antes e depois dos treinos e dos jogos, dos seus atletas, o tempo de treino foi reduzido de 90 minutos para uma hora, não haverá público nos treinos e nos jogos.
O vereador do desporto da câmara de São Filipe fez saber que já mandou colocar nos dois recintos o sistema para lavagem das mãos.
Por sua vez, a Associação Regional de Futebol do Fogo, através do presidente da direção, num comunicado distribuído às equipas do primeiro e segundo escalões, divulgou o calendário de utilização dos dois espaços na cidade de São Filipe para treinos, assim como no campo de São Lourenço e a determinação para a medição de temperatura de febre antes e depois dos jogos. Asemana/Inforpress