Paludismo de volta: Cabo Verde regista no primeiro semestre deste ano 16 casos autóctones

Cabo Verde registou no primeiro semestre de 2017 dezasseis casos de paludismo autóctones, revelou, hoje (13), à Inforpress a directora do Serviço de Vigilância e Respostas às Epidemias da Direcção Nacional de Saúde (DNS), Maria de Lurdes Monteiro. Por isso, todo o cuidado é pouco para se evitar mais uma epidemia essa doença mortífera, que dá sinais de alastramento apesar de estarmos ainda à espera do começo da época das chuvas.

Segundo Maria de Lurdes Monteiro, o pico de registo ocorreu na semana passada com a notificação de nove casos, sendo quatro deles na zona de Ponta Belém.
“Normalmente é pouco habitual que se registe casos de paludismo autóctones em meses que antecedem o mês de Julho, que é a época em que se inicia o período das chuvas”, sublinha aquela responsável do Serviço de Vigilância e Respostas às Epidemias da Direcção Nacional de Saúde.

Ainda Maria de Lurdes Monteiro cita pela agência cabo-verdiana de notícias, os 16 casos registados até o momento, apareceram em diferentes bairros da capital do país, sendo a zona de Ponta Belém a que mais casos registou no início de Julho.

De acordo com a directora do Serviço de Vigilância e Respostas às Epidemias da DNS, no que se refere à zika não houve nenhum caso identificado durante o ano, enquanto que a dengue, apesar de alguns casos suspeitos, o último registo foi feito no mês de Março.

No que se refere a doenças epidemiológicas, Maria de Lurdes Monteiro, avançou, que foi notificado, durante o primeiro semestre deste mesmo ano, 1032 casos de varicela, superando assim os contabilizados em 2016.

Acrescentou igualmente que foi detectado, na sequência da varicela e já em investigação, na sequência de uma vigilância activa, uma infecção denominada “Síndrome Mão, Pé e Boca”, que, explicou, é provocada por uma bactéria denominada entrovírus e é benigna nas crianças.

“É uma doença cujo sintoma é acompanhado por febre de intensidade variável, em alguns casos podem ocorrer sem febre, e a criança apresenta estomatite (aftas) e gânglios aumentados no pescoço, apresentado em pés e mãos, lesões vesiculosas (como pequenas bolhas) branco-acinzentadas com base avermelhada”, disse.
Ainda segundo a Inforpress, assim como todos os anos, , Maria de Lurdes Monteiro informou que as doenças diarreicas nas crianças estão a superar os números registados em 2016.

Conforme os dados oficiais, em Cabo Verde a taxa de paludismo tem sido residual, tendo o país sido premiado pelos esforços no combate à doença pela Aliança de Líderes Africanos para a Malária, depois de ter conseguido alcançar uma taxa de cobertura de 95% de redes impregnadas com insecticida para prevenir a contaminação.

De momento o país, que projectou para 2020 a eliminação do paludismo, se encontra na fase da pré-eliminação dessa doença mortífera. C/ Inforpress.


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