Fogo: Orçamento da Águabrava para 2021 ronda os 340 mil contos – administrador
O orçamento da Empresa Intermunicipal de Águas,
Águabrava, para o ano económico de 2021, aprovado na última reunião do conselho
de administração, ronda os 340 mil contos.
A
informação foi avançada à Inforpress pelo administrador/delegado, Rui Évora,
que indicou ainda que perto de um terço (30 por cento) do valor global do
orçamento destina-se a investimentos o que corresponde a um valor de 103 mil
contos.
Rui
Évora avançou ainda que parte desse valor vai ser financiado com recursos a
empréstimos bancários na ordem dos 90 mil contos, sublinhando que os resultados
previsionais da proposta do orçamento para 2021 apontam para resultados
líquidos positivos na ordem dos 28 mil contos.
A
proposta do orçamento e plano de actividades para 2021, apresentados pela
administração, apesar das restrições da crise que o país atravessa resultante
da pandemia, são, no dizer de Rui Évora, “ambiciosos” e os investimentos
comportam grande parte das actividades de 2020 e que transitam para 2021.
No
quadro de investimentos destacou a realização de acções de prospecção de água
subterrânea na ilha do Fogo com execução de três furos para o reforço da
capacidade de disponibilidade de água na ordem dos 350 metros cúbicos de
água/dia e a criação do sistema de adução e distribuição de água para
agricultura e pecuária com equipamento desses três furos.
A
construção de mais dois parques fotovoltaicos com uma capacidade instalada de
90 kwatts, continuação e conclusão do projecto de adução de água a Campanas de
Cima, orçado em cerca de 90 mil contos e que conta com uma comparticipação
financeira da Câmara Municipal de São Filipe são outras das actividades
previstas.
O
delegado da Águabrava apontou ainda uma série de outras actividades de
investimentos visando, sobretudo, ganhos de eficiência energéticas via
substituição de equipamentos eletromecânicos obsoletos, redução do preço de
água via introdução e reforço de energia fotovoltaico no processo de produção e
distribuição de água e redução substancial do volume de águas não facturadas
(perdas nas redes) que ainda se situam a um nível inadmissível, na ordem dos
37%, apesar de se ter conseguido uma redução relevante de 2018 para 2020.
Relativamente
ao projecto de adução de água a Campanas de Cima, a mesma fonte disse que o
prazo inicial para a sua execução era de oito meses e deve ficar concluído no
final de Março de 2021, mas que há um atraso substancial.
Segundo
Rui Évora, neste momento a parte da execução da rede de distribuição está
realizada, de Inhuco até Domingo Ledo, correspondendo a 50 por cento (%) do
projecto, faltando a outra metade que se estende de Domingos Ledo a Campanas de
Cima, que deverá ser realizada ao longo do ano, contando com a comparticipação
financeira assumida pela câmara e devendo a Águabrava continuar a assumir,
também, a sua comparticipação financeira.
Rui
Évora sublinhou ainda que, neste momento, a empresa está a fazer a
operacionalização do troço já realizado entre Inhuco e Domingos Ledo para
permitir a execução do ramal de ligação às famílias das comunidades de
Mira-Mira, Velho Manuel e Domingos Ledo, e em estreita concertação com a câmara
criar as condições para prosseguir com os trabalhos de adução de assentamento
de conduta e conclusão de reservatórios em construção.
Quanto
ao abastecimento de água à comunidade de Cabeça Fundão, no município de Santa
Catarina do Fogo, este indicou que a empresa já apresentou uma proposta de
anteprojecto que prevê o abastecimento desta localidade a partir do povoado
vizinho de Estância Roque, aproveitando a estação elevatória existente.
“É um
dossiê que está nas mãos da Câmara Municipal de Santa Catarina para procurar
mobilizar recursos financeiros indispensáveis para a execução da adução de água
a Cabeça Fundão a partir de Estância Roque”, disse o administrador/delegado,
sublinhando que é um projecto na ordem dos 50 mil contos.
Segundo
a mesma fonte, o abastecimento a partir de Achada Furna é do ponto de vista
técnico um pouco mais difícil, exigindo mais estações elevatórias, e por isso
mais caro do que a partir de Estância Roque.
FONTE:
INFORPRESS