Decretado estado de emergência em Alijó

Quatro incêndios estavam às 07h30 de hoje ativos, apesar de terem registado melhorias durante a noite, revelou o adjunto nacional de operações, Miguel Cruz, acrescentando que não há aldeias evacuadas, nem estradas cortadas.

"Neste momento mantemos ainda quatro incêndios ativos, apesar de terem vindo a registar algumas melhorias no seu desenvolvimento durante a noite com a extinção de algumas das frentes ativas", afirmou à Lusa.

Segundo o adjunto nacional de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), estava ainda por dominar hoje de manhã o incêndio em Vila Chã, concelho de Alijó, distrito de Vila Real.

"Este incêndio ainda está ativo em cerca de 20% do seu perímetro. Depois temos também o fogo em Santiago de Cassurães e Póvoa de Cervães, concelho de Mangualde, distrito de Viseu, que mobiliza 474 operacionais, com o apoio de 142 veículos, mantendo uma frente ativa, mas já com focos com pouca intensidade", explicou.

Ativo está também, segundo Miguel Cruz, um incêndio no distrito da Guarda na freguesia de Rochoso e Monte Margarida que mobiliza 307 operacionais, com o auxílio de 103 veículos, mantendo cerca de 20 a 30% do perímetro ainda ativo.

"Tivemos também um reacendimento em Vila Nova de Foz Coa, localidade de Murça, Freixo de Numão, que está a ser combatido por 39 bombeiros, apoiados por 10 veículos", acrescentou.

Segundo o adjunto nacional de operações, estes fogos são os que mobilizam mais meios, os que estão ativos há mais tempo e têm um perímetro mais extenso.
Alijó mobiliza mais de 600 operacionais
Alijó é o incêndio que mais meios mobiliza, mais de 600 operacionais na localidade de Vila Chã, como mostra a página da internet da Proteção Civil, onde já foi decretado o estado de emergência no concelho.

Carlos Magalhães, presidente da Câmara Municipal de Alijó, anunciou o estado de emergência para a localidade e disse que espera todo o apoio possível do Governo ao mesmo tempo que espera que cheguem ao terreno mais meios para combater o incêndio.

Durante a madrugada a A25, a Estrada Nacional 16 e a Estrada Nacional 238 foram cortadas mas às 7h00 a circulação já estava restabelecida e não havia nenhuma estrada cortada.
Mangualde em alerta
Em Mangualde o incêndio em Póvoa de Cervães continua com duas frentes ativas.

O presidente da Câmara Municipal de Mangualde revelou que ardeu uma casa de segunda habitação, palheiros e apoios agrícolas.

O fogo começou no domingo em Póvoa de Cervães, no concelho de Mangualde, e mantinha duas frentes ativas ao final da noite de segunda-feira, mas "a concentração e reforço de meios" de combate estão a fazer com que as chamas comecem a ceder, revelou uma fonte da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) à agência Lusa.
Instituição evacuada em Almeida
Ao final da noite de segunda-feira, as instalações da ASTA - Associação Sócio-Terapêutica de Almeida, na localidade de Cabreira, em Almeida, foi evacuada devido à proximidade do fogo que lavra no concelho.

De acordo com a agência Lusa, os 13 utentes e seis funcionários da instituição foram evacuados perto das 23h00 por precaução.

O incêndio começou no concelho da Guarda ao início da tarde de segunda-feira e já atinge o concelho de Almeida. Ao início da noite tinha quatro frentes que avançam em direção a quatro freguesias, como confirmou o presidente da autarquia, António Batista Ribeiro. As chamas também atingiram o concelho do Sabugal, em particular a área da freguesia de Cerdeira.

Pelas 23h50, o fogo rural estava a ser combatido por 272 operacionais e 93 viaturas, segundo informação disponibilizada na página da internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Oleiros foi problemático
As chamas estão também ativas em Oleiros, Castelo Branco.

As localidades de Roqueirinho e Mosteiro foram evacuadas por precaução. Cerca de vinte pessoas passaram a noite em casa de familiares e na residencial de estudantes de Oleiros, as autoridades acreditam que o fogo avance para uma fase de resolução.

Ao final da madrugada um total de 2.067 operacionais estavam no terreno a combater 28 incêndios florestais, dos quais 11 estão em curso, dois em resolução e 15 em conclusão, segundo os dados da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Nos 11 incêndios florestais em curso, encontravam-se 1.834 operacionais apoiados por 580 meios terrestres, nos dois incêndios em resolução estavam 67 operacionais e 23 viaturas e nos 15 incêndios em conclusão havia 166 operacionais e 43 viaturas no terreno.

c/ Lusa

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