Falta de mercado tira o sono aos agricultores em Alto Mira


Segundo escreve a Inforpress, o presidente da Associação dos Agricultores de Alto Mira, Ederlino Fortes, explicou que os produtores agrícolas locais, na impossibilidade de colocar os seus produtos nas ilhas do Sal e Boa Vista, devido a problemas de transportes marítimos, são obrigados a vender, ao desbarato, os excedentes no mercado informal do Porto Novo.

“Temos muita produção, mas não há mercado para colocar os nossos produtos. Por isso, somos obrigados a vender, a um preço muito baixo, os produtos para os rabidantes no mercado informal da cidade do Porto Novo. Não temos outra maneira”, avançou este responsável.

Este ano, avança a fonte, Alto Mira, com excepção do milho, registou boa produção agrícola (tomate, feijões, batatas, cenoura, repolho), mas as dificuldades do mercado têm tirado o sono aos agricultores, que clamam pela resolução dos transportes marítimos inter-ilhas para poderem colocar os excedentes nas ilhas do Sal e Boa Vista, avançou a mesma fonte.

A transformação constitui outra preocupação dos agricultores em Alto Mira, onde se perspectiva a instalação de um centro de transformação de produtos agro-alimentares.

Ederlino Fortes disse, por outro lado, que o aumento da disponibilidade de água para rega tem sido, também, uma preocupação dos lavradores, que já enviaram ao Ministério da Agricultura e Ambiente uma exposição, propondo a mobilização de água subterrânea, com a execução de um furo, cita Inforpress.

A falta de mercado tem sido, também, realça a mesma fonte, uma angústia para os agricultores de outras zonas no município do Porto Novo, como é o caso de Martiene, um dos maiores produtores de batata comum, informou o representante dos lavradores, Januário Cruz.


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