Casos de campanha/Acusação do PSD: PAICV, UCID e PP concordam com a denúncia de que o MpD usa o Covid -19 para “justificar os seus fracassos”
À luz de críticas feitas pelo mandatário do PSD, José Rui Além, ao MpD e o seu líder, Ulisses Correia e Silva, o grupo do PAICV liderado pela candidata Janira H. Almada, a UCID encabeçada por Francisco da Silva e o PP que tem Amândio Barbosa Vicente como cabeça de lista, validam as acusações de que os "Ventoinhas" estejam a usar a situação da pandemia para “justificar os seus fracassos” ao logo destes cinco anos de governação.
A acrescentar ao argumento do PSD, o mandatário do partido da "Estrela Negra" para a região Santiago Sul, Avelino Bonifácio, considera que o MpD está a fazer o uso “até ao limite extremo” do Coronavírus "para condicionar as eleições". Isto porque estão a “ descumprir” todos os compromissos que fizeram aquando do surgimento da COVID-19 e andam a “comprar por 15 mil escudos” a consciência do povo com as ajudas recebidas para o combate à pandemia.
Por sua vez, na voz do seu mandatário para a maior região eleitoral do país, José Carlos Pereira da Veiga, a UCID aponta alguma incongruência entre a atitude das equipas do MpD no terreno, "sem máscaras e outros equipamentos e com grandes aglomerações de pessoas" e as informações oficiais sobre o aumento galopante das infeções nos últimos dias.
A posição do MpD faz aquele representante da UCID deprender que se está perante uma estratégia para aumentar o número de abstenções nas eleições de 18 de abril, e que poderão beneficiar os Ventoínhas. Por outro lado, aponta como preocupante o "descuido" das equipas do MpD no terreno e que poderão contribuir para o aumento de infetados, pondo em risco, inclusive, a saúde dos líderes e ativistas do MpD.
“Se a acusação de que o grupo do MpD está a usar o COVID-19 para condicionar as eleições for verdade, esperamos que as autoridades eleitorais competentes se posicionem e tomem as devidas medidas”, sublinha o mandatário do PP, Arlindo Mendes Vieira. O mesmo ainda acrescenta que não faz sentido o MpD usar esta pandemia para “justificar não ter feito melhor para o país” uma vez que assumiu o governo em 2016 e a pandemia só começou nos finais de 2019 - quatro anos depois da entra do atual executivo de Ulisses Correia e Silva em funçoes.
Por sua vez, o líder da lista do PTS, Carlos Manuel Tavares, conhecido como Romeu di Lurdes, diz não ter uma ideia formalizada, prefrindo deixar para uma outra oportunidade quaisquer pronunciamentos sobre o tema.
Sobre este assunto, já aquando da confrontação com as acusações originais do PSD, o rvice-presidente do MpD e ministro do Governo cessante, Fernando Elísio Freire, descartara como sendo "falsas" e "disparatentas" tais acusações.
Freire afiança que antes desta pandemia o país estava "num bom caminho”, mas que, com o surgimento do vírus tudo ficou condicionado a nível mundial e a nível do país". Ao lonog destas campanhas legislativas, o seu partido propõe mostrar o percurso feito e caberá "ao povo" decidir qual a plataforma a ser eleita no próximo dia 18 de abril.
Porém, este reafirma a determinação do MpD em vencer a "guerra" contra o Coronavírus e a COVID-19". Daí que refuta as acusações sobre os alegados "descuidos" das suas equipas no terreno e garante que estão e vão continuar a usar e a respeitar todas a medidas sanitárias impostas, “pois que o nosso foco neste momento é em salvar vidas!"
Ver artigo relacionado: «Casos da campanha/Polémica: PSD acusa Ulisses Correia e Silva de “terrorista” e de “roubar o povo”, Fernando Elísio refuta as acusações». KS/Redação
Link relacionado: https://www.asemana.publ.cv/ecrire/?exec=article&id_article=146007#