BCV prevê crescimento de 6% este ano
Crescimento previsto pelo Banco de Cabo Verde, no mais recente Relatório de Política Monetária, só acontecerá se estiver garantido "o controle da pandemia no Ocidente, em particular nas economias parceiras de Cabo Verde, bem como no país".
O Banco de Cabo Verde prevê que ainda este ano o crescimento da economia nacional possa chegar aos 6% desde que se cumpra o objectivo de controlar a pandemia, tanto a nível nacional como internacional. No entanto, caso isso não aconteça, alerta o banco central, o crescimento pode não passar dos 3%.
As "incertezas que rodeiam o processo da imunização da população mundial contra SARS-CoV- 2 e, consequentemente, a recuperação da actividade económica continuam excepcionalmente elevadas", avisa o BCV que alerta para o caso de se verificar "um atraso no controle da pandemia a nível externo e interno" ou algum "constrangimento na execução do Orçamento de Estado e da retirada desapropriada de determinadas medidas de apoio às empresas e famílias" poderá levar a que o crescimento fique pelos três por cento em 2021.
A inflação, prevê o BCV, deverá registar um aumento de 0,4 para 0,8% e o BCV projecta que "uma contínua redução do stock das reservas internacionais líquidas do país. Não obstante, estas deverão continuar a financiar mais de seis meses das importações de bens e serviços".
"Considerando as atuais perspetivas macroeconómicas e na ausência de pressões incompatíveis com os objetivos de garantir a estabilidade de preços e a credibilidade do regime cambial de peg unilateral ao Euro, a política monetária continuará a acomodar a recuperação da economia nacional. O banco central manterá as taxas das facilidades permanentes de cedência de liquidez, de absorção da liquidez, bem como a taxa diretora e o coeficiente das disponibilidades mínimas de caixa, respetivamente, em 0,5, 0,05, 0,25 e dez por cento, nos próximos seis meses. Manterá, igualmente, inalterados o limite mensal e a taxa das operações monetárias de liquidez nos níveis deliberados em dezembro passado, ou seja, em três mil milhões de escudos e 0,75 por cento, respetivamente, encorajando os bancos a proverem liquidez em condições adequadas às empresas e famílias", conclui o Banco de Cabo Verde.