ONU alerta sobre a situação dramática no Congo: Mais de 7 milhões de pessoas passam fome
Está a ser dramática a situação, provocada pela violência, que se vive na República Democrática do Congo (RD Congo). É que mais de sete milhões de pessoas passam fome por escassez de alimentos neste momento. O alerta foi feito pala Organização das Nações Unidades, através da sua agência especializada para Alimentação e Agricultura (FAO), para quem o número de pessoas que enfrentam fome aguda nesses país africano subiu 30% em relação ao ano de 2016.
Em nota, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação precisa, nesta segunda-feira (14), que 7,7 milhões de pessoas no RD Congo são atingidas pela escassez de alimentos, agravada pela violência e pelos deslocamentos de pessoas por causa das guerras internas.
7,7 milhões de esfomeados
Conforme Onu News, a Análise da Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC) revela que o número de esfomeados cresceu dos 5,9 milhões afectados em junho de 2016 para 7,7 milhões no mesmo mês deste ano.
Um em cada 10 pessoas sofre fome água
Com isso, significa que mais de uma em cada 10 pessoas das áreas rurais congolesas sofre de fome aguda. Um agravamento causado por conflitos e pelos deslocamentos crescentes e prolongados de pessoas nas áreas central e oriental. As regiões de Kassai e Tanganhica são as mais afectadas.
1,4 milhões de pessoas fogem de guerra
Segundo a ONU, no ano passado, a violência generalizada levou a cerca de 1,4 milhão de pessoas a fugir das suas casas. O estudo da FAO revela que a situação humanitária tem piorado, num momento em que alastra a infestação pela praga da lagarta do milho e os surtos da cólera e de sarampo.
7 milhões de crianças desnutridas
Pelo menos 43% das crianças menores de cinco anos estão a enfrentar a desnutrição crónica na RD Congo, um número que ronda os 7 milhões de menores de idade.
Assistência urgente
Para fazer face à situação grave por que pessoas a RD Gongo, a agência da ONU e o Programa Mundial de Alimentos (PAM) pedem um aumento urgente do fornecimento de alimentos essenciais e de assistência nutricional especial para combater a desnutrição. Outras necessidades incluem sementes e ferramentas para que os agricultores congoleses possam plantar novamente e recuperar os seus meios de subsistência, apela a ONU.