Identificado autor do ataque nas Ramblas. Buscas alargadas à Europa
As autoridades acreditam que Younes Abouyaaqoub foi o condutor da furgoneta que matou 13 pessoas em Barcelona. Não é certo que o marroquino tenha saído da Catalunha, mas as diferentes polícias europeias estão coordenadas para o encontrar e capturar
Foi oficialmente confirmada a identidade do condutor da carrinha usada no ataque nas Ramblas, Barcelona, na quinta-feira. O governo catalão identificou Younes Abouyaaqoub como o responsável pelos atropelamentos que provocaram a morte de 13 pessoas.
As autoridades procuram agora o suspeito, numa operação coordenada e que foi já estendida a toda a Europa. Apesar de não existirem indícios de que Abouyaaqoub tenha saído da Catalunha - o marroquino de 22 anos chegou inclusivamente a ser dado como morto - sobre ele pesa uma ordem internacional de busca e captura, avançam os media espanhóis.
A principal linha de investigação aponta para a hipótese de Younes Abouyaaqoub ter conduzido sozinho a furgoneta Fiat usada no ataque. O veículo alugado foi pago com o seu cartão de débito, mas requisitado em nome de Driss Oukabir, outro dos membros da célula jiadista entretanto identificada.
A polícia catalá acredita que o suspeito fugiu, inicialmente a pé, atravessando o mercado de La Boqueria. o “El País” publica mesmo imagens do interior do mercado onde aparece um jovem de camisa clara e óculos escuros, que as autoridades pensam ser Abouyaaqoub.
O suspeito terá caminhado alguns quilómetros, acabando por dirigir-se à zona universitária. Posteriormente roubou um carro para escapar, veículo que abandonou após percorrer mais três quilómetros. No interior do Ford Focus branco foi encontrado o corpo de Pablo Pérez, morto com arma branca.
O carro chegou a ser perseguido e um agente ficou ferido numa perna, atingido pelo condutor em fuga, que apesar disso conseguiu abandonar o veículo e correr, segundo contou uma testemunha.
Abouyaaqoub é um dos três membros da célula jiadista (de pelo menos 12 personas) que permanecen desaparecidos. Os restantes morreram supostamente na explosão da casa de Alcanar, usada pelos terroristas.
Questionado pelos jornalistas, o conselheiro do Interior do governo autónomo catalão, Joaquim Forn, acrescentou que o imã de Ripoll, alegado mentor dos atentados na Catalunha, “não tinha antecedentes” e que “a comunidade muçulmana não pensava que fosse um radical”.
De acordo com as investigações citadas pelo “El Pais”, o imã terá morrido na explosão.
Por outro lado, Joaquim Forn disse também que “nesta altura está
afastada a hipótese de um novo atentando”, razão para “não ter sido
ativado o nível de segurança cinco”.