Seguros em Cabo Verde caíram 6% com a pandemia
No relatório e contas de 2020 daquela seguradora, uma das duas que opera em Cabo Verde, é referido que os dados provisórios de Dezembro indicam que a produção de seguro direto – todos os contratos realizados entre segurado e segurador – no país, globalmente, “inverteu a tendência de crescimento que se vinha a observar nos últimos anos”.
O mercado segurador cabo-verdiano tinha crescido 10,5% em 2019, quando passou a valer 2.850 milhões de escudos (25,8 milhões de euros), num arquipélago com cerca de 550 mil habitantes.
De 2019 para 2020, esse mercado recuou o equivalente a 176,2 milhões de escudos (1,6 milhões de euros), “acompanhando o comportamento do mercado claramente impactado pela pandemia da covid-19”.
A seguradora refere que “não obstante o contexto exigente vivido em 2020, o sector manteve a capacidade de resposta profissional, diligente e célere com o objectivo de mitigar as consequências das perdas associadas aos sinistros na vida das famílias e das empresas”.
Acrescenta que ramo Vida cresceu em Cabo Verde 15%, “passando a valer praticamente 12% do total do mercado, destacando-se o crescimento do Vida Financeiro”, e que a diminuição do volume de produção foi influenciada pelo comportamento do segmento Não Vida, que sofreu uma quebra de 8%, para 2.354 milhões de escudos (21,3 milhões de euros).
“O ano de 2020 foi um ano de muitos desafios para a gestão do sector segurador, marcada pela crise global de saúde pública provocada pela pandemia da covid-19, que se traduziu no pior choque económico desde a independência nacional. O sector continuará a trabalhar para manter e reforçar sua posição de solidez, credibilidade e resiliência, com o objectivo de aumentar os níveis de proteção dos consumidores e da sociedade em geral”, reconhece a seguradora, criada em 1992 e citada pela Inforpress
Juntamente com a Garantia, a Ímpar divide o mercado segurador em Cabo Verde e conta na sua estrutura acionista com a Sociedade Comercial Vasconcelos Lopes (20%), ING – Investimentos e Gestão (20%), Labesfal Farma (20%) e OLIGEST – Investimentos (10,62%), entre outros. Asemana com Inforpress