Primeiro-ministro de Cabo Verde pede reforço das medidas para vencer pandemia
"Vamos vencer esta pandemia. Os números têm sido relativamente altos, mas há uma tendência para baixa, para estabilização", afirmou, segundo a Lusa, o chefe do Governo, durante uma visita à Região Sanitária de Santiago Norte, onde constatou as condições no Hospital Regional Santa Rita Vieira, em Santa Catarina.
Para o primeiro-ministro, este é o momento para reforçar "ainda mais" as medidas de combate à pandemia: "Temos de estar todos disponíveis para dar este grande combate, este bom combate à covid-19".
O governante também sublinhou que a participação e o comportamento de cada um dos cidadãos é fundamental para que o arquipélago possa baixar ainda mais os níveis de transmissão da doença.
"E ter controlo total sobre a transmissão e avançarmos também de uma forma decisiva com a vacinação para podermos debelar ou pelo menos manter a níveis muito baixos e estáveis esta transmissão da pandemia", apelou.
Segundo a mesma fonte, Ulisses Correia e Silva foi constatar as condições de trabalho de médicos, enfermeiros e outros técnicos na Região Sanitária de Santiago Norte, uma zona com seis municípios e com cerca de 120 mil habitantes.
Cabo Verde tem registado valores máximos diários de novos infetados consecutivos desde 31 de março, praticamente todos os dias acima de 150 e até ao pico de 409 casos em 28 de abril, muito acima do máximo anterior de 159 novos casos, em 11 de outubro de 2020.
O Governo voltou a decretar em 30 de abril a situação de calamidade em todas as ilhas, exceto na ilha Brava, para 30 dias, agravando medidas de limitação de atividades com aglomerações de pessoas, face ao aumento dos novos casos de covid-19.
O país conta com 24.742 casos positivos acumulados desde o primeiro infetado registado em 19 de março de 2020, dos quais 228 resultaram em óbito, 21.469 foram considerados recuperados da doença e tinha até terça-feira 3.030 casos ativos, lembra a Lusa.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.230.058 mortos no mundo, resultantes de mais de 154,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.