Tribunal de Justiça da União Europeia rejeita recurso da Hungria contra relocalização de refugiados

O Tribunal de Justiça da União Europeia rejeitou na íntegra os recursos apresentados pela Hungria e pela Eslováquia contra a obrigatoriedade de os Estados europeus acolherem refugiados. A justiça europeia considera que o mecanismo contribui de forma efetiva para ajudar a Grécia e Itália, países fortemente afetados pela crise de refugiados dos últimos anos.

A Hungria e a Eslováquia tinham apresentado um recurso no Tribunal de Justiça da União Europeia. Budapeste e Bratislava contestam a relocalização de refugiados por todos os Estados europeus, que fora aprovada pela maioria dos lideres dos 28, reunidos em Conselho em dezembro de 2015. A Hungria e a Eslováquia, assim como a Roménia e a República Checa, tinham votado contra.

Numa decisão anunciada esta quarta-feira, a justiça europeia considera que o mecanismo contestado por Budapeste e Bratislava representa a “solidariedade europeia” e “contribui de forma efetiva e proporcional” para aliviar a situação na Grécia e Itália, onde centenas de milhares de refugiados têm chegado nos últimos anos.

O Tribunal de Justiça da União Europeia considera que esta decisão pode ser tomada pelo Conselho Europeu por maioria, ou seja, mesmo que essa não mereça a concordância de todos os Estados-membros.

A mais alta instância judicial da União Europeia argumenta que o recurso a um procedimento não legislativo – em que não são consultados nem o Parlamento Europeu nem os Parlamentos nacionais – está previsto na legislação europeia para “medidas provisórias”, necessárias para responder a situações de emergência.

Perante a decisão anunciada pelo tribunal sediado no Luxemburgo, o comissário europeu para a Migração reagiu na rede social Twitter. “O Tribunal de Justiça da União Europeia confirma que o mecanismo de relocalização é válido. É altura de trabalharmos unidos e de pormos plenamente em prática a solidariedade”.

Categoria:Noticias

Deixe seu Comentário