Unesco anuncia concurso para jovens quadros cabo-verdianos a postos de emprego

Segundo Carla Palavra, em conferência de imprensa, Cabo Verde pode apresentar no máximo 15 candidaturas “qualificadas”, abrangendo áreas como analista adjunto de políticas de educação, assistente de cooperação, gestor adjunto de recursos humanos, gestor adjunto das finanças e administração, especialista adjunto de programa-comunicação e informação e especialista adjunto de programa-cultura.

O concurso destina-se ao Programa Jovens Quadros para o biénio 2021/2022.

Segundo escreve a Inforpress, os processos de selecção para integrar as organizações internacionais, como a Unesco, revelou a secretária executiva da Comissão Nacional, tendem a ser “bastante competitivos” e, por esta razão, justificou, é “fundamental uma preparação forte” por parte dos concorrentes.

“O processo é altamente competitivo e atrai um grande número de candidatos”, alertou Carla Palavra, acrescentando que os bem sucedidos têm a possibilidade de desenvolverem uma carreira com alcance global, num ambiente “multicultural, desafiante e diversificado”, com pessoas de todo o mundo a trabalharem para os mesmos objectivos.

O Programa Jovens Quadros da Unesco, explicou, visa “melhorar a repartição geográfica”, por um lado, e, por outro, “incorporar jovens profissionais e talentosos” nesta organização internacional, cita Inforpress.

Para Carla Palavra, o referido programa tem também como objectivo promover a “paridade do género” e desenvolver uma base de recursos humanos “jovem e qualificada”.

Reconheceu que o País, apesar de fazer parte da Unesco, está sub-representado na referida organização internacional, ou seja, praticamente não ali cidadãos cabo-verdianos.

Segundo a mesma fonte, os concorrentes ao Programa Jovens Quadros da Unesco devem ter a nacionalidade cabo-verdiana, idade até 32 anos, diploma universitário avançado (mestrado ou equivalente).

Em proficiência linguística devem falar e escrever fluentemente o inglês e o francês, sendo que o conhecimento do espanhol, russo, árabe ou chinês constitui também uma mais-valia.

A secretária executiva da Comissão Nacional da Unesco reconheceu que a questão linguística tem sido uma barreira para os jovens cabo-verdianos, uma vez que o português não é língua de trabalho da organização, cita a fonte que vimos citando ao longo da notícia.

Cabo Verde, segundo a mesma fonte, tem uma “diáspora enorme” em países que falam línguas da Unesco, constituída por “jovens qualificados” que podem apresentar as suas candidaturas.

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