12 de Setembro: FAC assinala a data com debate e concerto sobre Amílcar Cabral
O 12 de Setembro, dia do nascimento de Amílcar Cabral, vai ser assinalado, na cidade da Praia, com duas actividades centrais. A de natureza política vai ser uma conferência sobre «Cultura e resistência – revistar Amílcar Cabral». A outra actividade cultural consiste num concerto para «cantar Cabral».
A iniciativa parte da Fundação Amílcar Cabral, em parceria com o Instituto Pedro Pires para a Liderança e o Ministério da Cultura e Indústrias Criativas de Cabo Verde.
O primeiro momento para assinar a passagem do Dia da Nacionalidade Cabo-Verdiana está agendado pelas 17H30, na sede da Fundação Amílcar Cabral, no Plateau. Consiste numa conversa subordinada ao tema «Cultura e Resistência. Revisitar Amílcar Cabral». Terá como oradores o Professor Doutor Lourenço Gomes e o Investigador Redy Wilson Lima. A conversa será moderada por Ema Barros.
Já no dia 12 está prevista, a partir das 19H30, uma noite cultural, no Palácio da Cultura Ildo Lobo. Vai ser um concerto para «Cantar Cabral e a Resistência». Tomarão parte diversos artistas, quais sejam Tony Lima, Remna Schwarz, Nádia Lopes, Justice Nubiano, Samira Vera-Cruz, Totinho, Binga de Castro e a guineense Karyna Gomes.
«Pretende-se com a realização das actividades acima referidas contribuir para um maior conhecimento do pensamento e ideais humanistas de Amílcar Cabral, e, por outro, concorrer para a preservação e divulgação da memória da luta de libertação nacional», justifica a Fundação Amílcar Cabral.
Vida e luta
Filho de Juvenal Lopes Cabral (cabo-verdiano) e de Iva Pinhel Évora (guineense de ascendência cabo-verdiana), Amílcar Cabral nasceu a 12 de Setembro de 1924, em Bafatá, Guiné-Bissau. Conforme vários escritos, quando completou oito anos de idade, a sua família mudou-se para Cabo Verde, estabelecendo-se em Santa Catarina de Santiago, que passou a ser a cidade de sua infância, onde completou o ensino primário. De seguida, Cabral mudou com a mãe e os irmãos para Mindelo, São Vicente, onde veio a terminar o curso liceal em 1943.
Já em 1956, fundou o PAIGC, que lutou pela independência da Guiné (1973) e de Cabo Verde (1975). Assassinado a 20 de Janeiro de 1973 por agentes do colonialismo português em Conacry, Amílcar Cabral não conseguiu, porém, realizar o seu sonho de celebrar, com vida, a independência dos dois países junto do seu povo, a quem jurou lutar e libertar.