Passageiros de SATA denunciam bagagens violadas e furtos registados durante viagens
Vários passageiros procuraram este diário digital para manifestar a sua indignação acerca de bagagens violadas e de alegados furtos de bens pessoais registados durante viagens que fizeram na companhia SATA-Serviço Açoriano de Transportes Aéreos, a partir de Boston, Estados Unidos, com destino a Cabo Verde, nos dias 03 e 14 deste mês. É que, segundo denunciam, as suas malas foram supostamente arrombadas e violadas, quando o avião escalou no Arquipélago dos Açores, onde permaneceram quase três horas para depois se rumarem ao país de destino num outro voo.
Mário, que esteve de férias nos EUA, diz que só se deu conta do furto na alfândega da Capital de Cabo Verde. “Uma das minhas malas se encontrava com o cadeado arrebentado e ao chegar a casa notei que roubaram quatro camisas novas, dois pares de sapatilhas de marca Adidas, um par de cortinas para janela, três sticks, uma caixa de medicamentos, um par de calças jeans, valorizados em mais de 400 dólares”.
Mesma preocupação tem Abílio de Nona. Este garante que teve um prejuízo de aproximadamente 500 dólares em objectos pessoais e vestuários comprados nos EUA para sua esposa e filhos. Promete nunca mais viajar nessa companhia “porque considera que os bagageiros do aeroporto dos Açores são, supostamente, autênticos aldrabões”.
"Antes de fazer o check-in em Boston, estava tudo dentro das malas. E o que impressiona é que os objectos furtados eram os mesmos do colega e companheiro de viagem, que também foi vítima de furto. Abílio suspeita ainda que o furto tenha sido praticado por algum funcionário que tenha acesso às máquinas de raio-X no aeroporto dos Açores e não só - o tempo de espera para mudar de voo facilita os supostos gatunos sobremaneira”, conta.
Outra cabo-verdiana que se mostra indignada com furtos frequentes nos aeroportos é Sílvia Montrond, que regressou das férias nos EUA, no passado dia 03 de Setembro. Esta assegura que furtos, danos e extravios de bagagens são cada vez mais frequentes, afirmando que fazer o check-in tem constituição um momento de angústia. “As nossas bagagens são pesadas e seguem pela esteira rolante, mas nunca se sabe se as veremos novamente. Ao que parece existem quadrilhas criminosas que supostamente agem impunemente nos terminais, que têm preferência clara pelos passageiros de voos internacionais, com seus cobiçados artigos de luxo, como roupas, perfumes, além de electrónicos, dinheiro e cartões, que alguns deixam de levar na bagagem de mão com medo de assaltos”, manifesta preocupada.
Contactados por este diário digital sobre o caso em apreço, alguns agentes da SATA e outras companhias aéreas recomendam aos prejudicados por esta situação para apresentarem as respectivas declarações dos bens de valor despachados junto à companhia. Um procedimento que, segundo eles, facilita indemnizações em casos de alegados furtos ou extravios de maletas, equipamentos ou outros bens pessoais comprovados.
“No caso de furtos, além de comunicar a empresa, o passageiro deve fazer um registo de ocorrência junto à polícia, autoridade competente para averiguar o facto. Contudo, vale lembrar que nenhuma reclamação deve ser feita apenas verbalmente. Se for imprescindível fazer por telefone, anote data, horário, nome do funcionário e protocolo da reclamação”, aconselham as mesmas fontes.
Fonte: ASEMANA - Celso Lobo