Trump ameaça destruir a Coreia do Norte e o Kim Rocket Man

O primeiro discurso do Presidente dos EUA na Assembleia-Geral da ONU ficou marcado por fortes ameaças ao Irão e à Coreia do Norte e por uma defesa do "patriotismo e orgulho" de cada nação.

Depois de um primeiro dia de aquecimento nos corredores da sede das Nações Unidas, passado a distribuir amáveis agradecimentos e incentivos, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou esta terça-feira pela primeira vez perante os líderes de todos os países e milhões de pessoas em todo o mundo. E a mensagem não podia ter sido mais clara e forte, e em linha com as promessas que o fizeram chegar à Casa Branca: a sua América está em primeiro lugar e não está interessada em exportar a democracia; em vez disso, Trump defende que a paz só pode triunfar num mundo que respeita vários sistemas políticos e em que o denominador comum é o patriotismo.

O programa dos discursos de abertura da primeira Assembleia-Geral das Nações Unidas sob a liderança de António Guterres previa – como é hábito – que cada líder falasse apenas 15 minutos, mas Donald Trump esteve no pódio cerca de 45 minutos.

As primeiras palavras foram de circunstância, como já era esperado, mas ainda havia dúvidas sobre o conteúdo e o tom do discurso do Presidente norte-americano. Seria um pouco mais moderado do que é habitual, agora que está cara a cara com os líderes mundiais, e não num comício para a sua base de apoio? Quem se arriscou a apostar num sim, perdeu de forma gritante – na primeira vez que falou ao mundo, o Presidente dos Estados Unidos enviou a mesma mensagem que costuma enviar aos seus apoiantes, em comícios um pouco por todo o país. Nem sequer faltaram os auto-elogios à sua Administração, porque "o desemprego está em grande queda, há mais empregos e as empresas estão a regressar" aos Estados Unidos.

Num discurso desenhado pelo conselheiro Stephen Miller (apontado pelos seus críticos como um simpatizante de ideias nacionalistas), o Presidente norte-americano apresentou a imagem de um mundo que está perante uma encruzilhada – por um lado, há "grandes avanços na ciência, na tecnologia e na medicina, que estão a curar doenças e a resolver problemas que as velhas gerações julgavam ser impossível de resolver"; por outro lado, "terroristas e extremistas uniram forças e espalharam-se por todas as regiões do planeta, com o apoio de "regimes desonestos presentes nesta sala, que não só apoiam o terrorismo como também ameaçam outras nações e os seus próprios povos com as mais destrutivas armas que a humanidade conhece".

Para salvar o mundo de um futuro marcado pela violência e pela guerra, a visão de Donald Trump não passa pela política que tem sido seguida pelos Estados Unidos nas últimas décadas, desde o fim da Segunda Guerra Mundial – não disse que os Estados Unidos querem ver mais democracias no mundo; apenas disse que devem promover a prosperidade dos seus povos e a paz fora de portas, numa defesa da ideia de nações soberanas e fortes.

"Nações soberanas e fortes permitem que países diversos, com valores diferentes e sonhos diferentes, não se limitem a coexistir mas também a trabalharem lado a lado com base no respeito mútuo. Nações soberanas e fortes permitem que os seus povos sejam donos do seu futuro e que controlem o seu próprio destino. E nações soberanas e fortes permitem que os indivíduos floresçam na plenitude da vida tal como ela foi planeada por Deus. Na América não queremos impor o nosso modo de vida a ninguém, preferimos brilhar como um exemplo para que todos possam ver", disse Donald Trump. Em resumo, "o sucesso da ONU depende da força independente dos seus membros", disse o Presidente norte-americano, citando o antigo Presidente Truman.

Bando de criminosos

E o que é que está a impedir o caminho em direcção a esse mundo de paz e prosperidade? Em poucas palavras, a Coreia do Norte e o Irão; em mais palavras, a Coreia do Norte, o Irão, a Venezuela, o socialismo e a "burocracia" das Nações Unidas.


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