Ministério da Saúde reduz para dois meses intervalo entre doses da AstraZeneca

O anúncio foi feito esta segunda-feira, 21, pelo diretor Nacional de Saúde, Jorge Noel Barreto, na conferência de imprensa semanal para balanço da situação da Covid-16, indicando que a decisão foi tomada com base em orientações técnicas que recomendaram a redução desse período de três para dois meses.

“Nós estávamos a recomendar que esse intervalo fosse de três meses, mas considerando a circulação de variantes de preocupação a nível internacional, sobretudo a variante Delta, que tem causado a piora da situação epidemiológica em vários países, inclusive em Portugal, na região de Lisboa, nós recebemos a orientação de que devemos reduzir esse intervalo, passando de três meses para dois meses”, explicou, citado pela Inforpress.

Neste sentido, o responsável pediu às pessoas que já receberam a primeira dose da vacina de AstraZeneca para terem em atenção à data que está no cartão, e em caso de terem já completados os dois meses, que contactem os centros de saúde ou as delegacias de saúde para o agendamento da segunda dose.

“Isto é devido à orientação técnica de que se as pessoas estiverem completamente vacinadas, respeitando claramente o intervalo mínimo de tempo entre as doses menor será a probabilidade de prorrogação de novas variantes no seio das populações”, sustentou, segundo a nossa fonte.

Jorge Noel Barreto aproveitou para anunciar que as pessoas com 40 anos e mais já podem inscrever-se para depois serem contactadas para a vacinação. "A recomendação é que as pessoas utilizem os meios que foram divulgados, nomeadamente a linha 800 20 08 ou através do formulário disponibilizado no site www.covid19.cv", escreve a Inforpress.

Entretanto, a aquelas que já fizeram a inscrição e que passado uma semana não foram contactadas, o director nacional de Saúde pede que se dirijam a um centro de saúde ou a delegacia de saúde da sua área de residência para pedir esclarecimento e o motivo de ainda não terem sido chamados.

De acordo com os dados apresentados durante a conferência de imprensa, até ao último fim de semana um total de 60.674 já tinha recebido a primeira dose das vacinas disponíveis em Cabo Verde, representando 16% da população adulta de Cabo Verde, conforme a Agência Caboverdiana de Notícias.

Sabe-se ainda que dos vacinados, 26.324 pessoas são do grupo etário 60 anos e mais, equivalente a 52,5% do previsto no plano de vacinação, e 6.523 doentes crónicos, equivalentes a 26,6% daquilo que está previsto.

Em relação aos grupos profissionais, os dados apontam para a vacinação de 1.326 policiais, representando 28% do previsto no plano de vacinação, 770 militares (30,8%) e 3.306 professores (16,5%) 2.899 profissionais do grupo ligado ao turismo (25,7%).

Cabo Verde tem quantidade razoável das vacinas em estoque e as autoridades esperam alcançar os 20% da população elegível nos próximos dias, segundo as estimativas do diretor nacional de Saúde, que apontam para a aceleração do processo de vacinação. "Por isso, apela às pessoas a aderirem à campanha, realçando que a vacinação é uma das principais ferramentas existentes, neste momento, para evitar outras “ondas” ou para mitigar as consequências de outras doenças que podem chegar ao país no futuro", cita a Inforpress.

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