Trabalhadores do sector da segurança privada juntam-se à manifestação nacional para exigir o aumento salarial
A manifestação, que aconteceu também na ilha de São Vicente, Boa Vista e Cidade da Praia, iniciou esta manhã, a partir das 9 horas.
Munidos de cartazes com várias palavras de ordem, esses trabalhadores exigem a implementação da grelha salarial e do Preço Indicativo de Referência ( PIR), a melhoria das condições de trabalho e um salário digno, bem como a convenção do acordo coletivo de trabalhadores (ACT), assinado em outubro de 2020 que atualiza a tabela salarial dos vigilantes que deveria entrar em vigor no dia 1 de Maio e ser acatada pelas empresas.
Em declarações ao Asemanaonline, o presidente da SICOTUR, Nilton Vaz, afiançou que espera, com esta manifestação sensibilizar as empresas do sector da segurança privada a respeitarem a lei.
"Em primeiro de tudo, pretendemos com esta manifestação sensibilizar as empresas para que possam resolver os nossos problemas e garantir os nossos direitos, que é a implementação da grelha salarial. Essa é uma luta justa. Desde 2017, a segurança privada está a lutar para que haja um aumento salarial", reiterou.
Já o coordenador da SIACSA, no Sal, António Tavares, afirma que apesar da fraca adesão de pessoas, acreditar que com esta manifestação as coisas ficarão resolvidas.
"Nós pretendemos com esta manifestação chamar a atenção do Governo e aproveitar para pedir apoio", frisou.
O sindicalista avança ainda que há a possibilidade de recorrer ao tribunal se com a manifestação o problema não for resolvido.
"Se com a manifestação o problema não for resolvido nós vamos diretamente para o tribunal. Nós vamos colocar as empresas no tribunal porque a lei já foi aprovada e as empresas têm que cumprir", enfatizou.
O responsável da SIACSA deixa ainda um apelo às empresas no sentido de cumprirem com a lei.
"Deixo um apelo às empresas no sentido de reconhecer que a lei já foi aprovada e para que possam respeitar a lei e os vigilantes que estão no trabalho", salientou.
Para os vigilantes no Sal, a luta por um salário melhor continua, uma vez que o custo elevado na ilha é "bastante elevado" e o salário ganho não permite ter boas condições.
O protesto foi organizado pelo Sindicato de Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil, Agricultura, Florestas, Serviços Marítimo e Portuário (SIACSA); Sindicato da Infústria, Serviços, Comércio, Agricultura e Pesca (SISCAP) e o Sindicato da Indústria, Comércio e Turismo (SICOTUR).