Macron quer sistema fiscal e exército comum na União Europeia

No discurso de relançamento da União Europeia, Emmanuel Macron defendeu que é preciso um sistema fiscal comum que torne a Europa mais forte. O Presidente francês quer ainda que seja criado um exército que reúna militares de todos os países europeus e um corpo de Proteção Civil. Para Macron, a União Europeia deve ainda caminhar no sentido de ter um salário mínimo comum.

O Presidente francês apresentou esta terça-feira uma série de propostas para uma “Europa repensada e simplificada”, uma União Europeia refundada para bem dos europeus e na qual o Reino Unido pode “voltar a encontrar o seu lugar”.

Num discurso perante alunos da Universidade de Sorbonne, em Paris, Macron apresentou a sua visão para refundar a União Europeia. “Nesta UE repensada e simplificada que proponho, não imagino que o Reino Unido não possa encontrar o seu lugar”, disse o presidente francês na única e breve referência que fez ao Brexit.

“Precisamos de uma Europa mais simples, mais eficaz, mais transparente, menos burocrática. O mercado único deve tornar-se um espaço de convergência, mais que de concorrência”, defendeu.

“Devemos refundar o projeto europeu pelo povo e com o povo”, afirmou Emmanuel Macron, defendendo “um debate aberto, livre, transparente e europeu” para “dar um conteúdo à Europa antes das eleições europeias de 2019”.

“Virámos a página de uma forma de construção europeia. Errámos ao querer fazer avançar a Europa contra os povos”, afirmou o chefe de Estado francês numa referência ao ‘não’ dos franceses e dos holandeses à Constituição Europeia de 2005.

O presidente francês propôs nomeadamente que a Comissão Europeia seja reduzida dos atuais 28 para 15 comissários, propondo que os países fundadores renunciem ao seu comissário “para dar o exemplo”. No Parlamento Europeu, Macron defendeu que metade dos deputados sejam eleitos em listas transnacionais.

Em matéria de Defesa, o presidente francês avançou a proposta de uma força de intervenção militar comum, um orçamento de defesa comum e uma “doutrina comum”.

Categoria:Noticias

Deixe seu Comentário