Dirigente da UNTC-CS considera “lamentável” a forma como a secretária-geral tem gerido a central sindical

Segundo a Inforpress, a contestação foi feita em conferência de imprensa para reagir às declarações da secretária-geral da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde (UNTC-CS), Joaquina Almeida, que disse desconhecer qualquer acto de impedimento do membro em participar num encontro do Secretariado Nacional, que teve lugar esta semana em São Vicente.

A secretária-geral da UNTC-CS, que foi questionada, sexta-feira, em São Vicente se o representante do Maio (Agostinho Silva) participou na reunião do Secretariado, realizada quinta-feira, no Mindelo, respondeu nos seguintes termos: “Não conheço Agostinho Silva, não vi e nem sei onde está o Agostinho, deveria estar na ilha do Maio a trabalhar porque ele é pago pela CV Telecom para trabalhar, agora se veio cá passear em São Vicente, não sei, só poderei pronunciar sobre o que os jornalistas me estão a dizer após conhecer a notícia”.

Agostinho Silva alegou que, sendo membro efectivo desse órgão, tem o pleno direito de participar na reunião, que estava aprazada para 08 de Julho, em São Vicente, mas não foi convidado nem convocado e que por iniciativa própria decidiu custear as despesas tanto da deslocação como da estada para particpar nela.

O membro do Secretariado e do Conselho Nacional da UNTC-CS disse que ele e um colega sindicalista da Boa Vista foram impedidos de entrar na sala de reuniões por um segurança que lhes disse que os nomes não constavam da lista.

“Sob proposta da secretária-geral, fui eleito membro do Secretariado Nacional em 2017 e, paradoxalmente, ela vem “dizer que não conhece, mas sabe onde que eu trabalho. Isso é para ver a forma como Joaquina Almeida tem gerido a UNTC-CS, desrespeitando os dirigentes e os estatutos”, referiu.

Segundo este sindicalista, a UNTC-CS é uma organização “tão séria e respeitada por todos” tanto no país como a nível internacional, mas “hoje está descredibilizada e a perder prestigio” que havia granjeado.

Perante essas e outras atitudes, e, pela forma com a secretária-geral tem liderado o sindicato, disse não estranhar que o congresso nacional da UNTC-CS aprazado para este ano venha a acontecer com um segurança à porta.

“O que aconteceu em São Vicente é de “lamentar, mas já contava com isso pela forma como tem tratado vários dirigentes. Ela tem que entender que somos trabalhadores que lutam por este país e somos membros da organização e deveríamos ser respeitados, independentemente das diferenças sindicais”, apontou.

Ainda segundo a Inforpress, Agostinho Silva assegurou que vão continuar a “trabalhar afincadamente” e lutar para combater “os atropelos” da secretária-geral, que tem liderado a central sindical “sem nenhum tipo de diálogo”.

Segundo este dirigente sindical, Joaquina Almeida não ouve ninguém, apenas pensa e faz, atitude essa que demonstra que há ditadura na organização.

Na ocasião, avançou que o encontro em São Vicente contou apenas com seis elementos dos 13 que constituem o Secretariado Nacional, o que é insuficiente para a realização da mesma, mas sublinhou que caso alguma deliberação seja aprovada vão impugná-la junto das instâncias judiciais.


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