Agentes da PN investigados por assalto poderão estar envolvidos em crimes violentos
Com os suspeitos desarmados e em liberdade condicional, sabe A NAÇÃO que este assunto, melindroso por sinal, está a ser acompanhado com muita atenção por parte das autoridades.
Os agentes da Polícia Nacional (PN), que estão a ser investigados por suspeitas de assalto a residências, poderão estar envolvidos em vários outros tipos de crimes violentos ocorridos na cidade da Praia e no interior da ilha de Santiago.
Com os suspeitos desarmados e em liberdade condicional, sabe A NAÇÃO que este assunto, melindroso por sinal, está a ser acompanhado com muita atenção por parte das autoridades.
Tanto é que as nossas fontes evitam revelar certos detalhes para “não atrapalhar” as investigações. Dizem apenas que os três agentes, cujas residências foram alvo de buscas pela PJ, poderão estar envolvidos em vários outros tipos de crimes violentos ocorridos na ilha de Santiago, entre os quais um de sangue.
Entretanto, um jurista ouvido pelo nosso jornal afirma que há fortes indícios que os suspeitos poderão ir aguardar pelo julgamento em prisão preventiva. Nossas fontes confidenciam ainda que se poderá estar perante uma rede do qual fazem parte outros civis ligados ao mundo do crime, entre os quais um suposto taxista.
Os agentes terão sido filmados por câmaras de vigilância durante um assalto a uma residência na cidade da Praia. Este caso especifico ocorreu há mais de um ano, mas, pelo mesmo “modus operandi” suspeita-se que os mesmos sejam autores de outros assaltos a mão armada, ocorridos na capital do país e no interior da ilha de Santiago.
As suspeitas caíram primeiramente sobre dois agentes da Brigada de Investigação Criminal (BIC) e um da Polícia Fiscal, entretanto uma fonte faz saber que um dos dois agentes da BIC poderá vir a ser ilibado. “Este, além de ter um álibi, a sua fisionomia não corresponde a de nenhum dos suspeitos que aparecem nas imagens das câmaras de vigilância”, diz o nosso informante.
Sobre o assunto, noticiado em primeira mão pelo A NAÇÃO, já reagiu o
Ministro da Administração que confirmou que os suspeitos estão a ser
investigados pela Polícia Judiciária. Paulo Rocha disse ter conhecimento
dessa investigação “há muito tempo” e que as medidas que tiverem de ser
tomadas serão adoptadas para o “bem da instituição e para o moral de
todos”. Rocha assegurou ainda que este facto “não põe em causa a imagem
da PN, “uma corporação centenária com mais de 1800 efectivos”.