NOSI: Denúncia de «trabalho escravo» no Data Center

Segundo a fonte que pediu anonimato, esses dois indivíduos, de nacionalidade guineense, trabalham uma média de 72 horas semanais, quando a lei contempla 42 horas para o mesmo período. Ou seja, conforme o informante deste jornal, no turno diário, entram e trabalham das 8 até às 18 horas, somando um total de 10 horas seguidas. Já no período da noite, laboram das 18 às 8 horas do dia seguinte, perfazendo 14 horas contínuas de trabalho.

Face a tudo isto, o denunciante alerta tratar-se de uma situação grave, que configura «trabalho escravo». Revela que os dois trabalhadores sofrem calados, por medo de perderem o emprego. Mas eles «desabafam que não têm vida, porque praticamente não têm tempo para descansar e nem fazer outra coisa» – faltam beneficiar de folgas como estão previstas na lei.

Inspecção e postura do NOSI

O Asemanaonline apurou que foi accionada a Inspecção Geral do Trabalho que esteve no local, onde detectou as irregularidades referidas. «Mas só que, até agora, o NOSI ainda não resolveu este problema», avança o informante referido.

Abordado por este jornal de referência, o Inspector-geral do Trabalho adiantou que não tinha conhecimento de que o NOSI não tinha resolvido o problema. Anildo Fortes prometeu que a IGT vai novamente notificar o Núcleo Operacional da Sociedade de Informação para que cumpra, de forma regular, o horário de trabalho estipulado na lei em vigor em Cabo Verde.

É de salientar que o Data Center do Estado de Cabo Verde, gerido pelo NOSi ( www.nosi.cv), presta os mais modernos serviços de processamento e armazenamento de dados nas modalidades de Cloud Services, Hosting e Housing, às empresas e entidades nacionais e internacionais.

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