Bombardeiros norte-americanos sobrevoam Coreia do Norte

Seis aviões militares, incluindo dois bombardeiros dos EUA, sobrevoaram a península coreana na noite de terça-feira e realizaram um simulacro de disparo, numa demonstração de força face à Coreia do Norte, informaram fontes oficiais norte-americanas.


Segundo as Forças Aéreas do Pacífico (PACAF) dos Estados Unidos, dois bombardeiros estratégicos B-1B sobrevoaram as águas da costa oriental da península coreana.


Ao par de bombardeiros norte-americanos juntaram-se dois caças F-15K da Coreia do Sul e dois do Japão.


"Voar e treinar durante a noite com os nossos aliados de forma segura e eficaz é uma importante capacidade partilhada entre os Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul e melhora a destreza tática dos aviadores de cada nação", afirmou Patrick Applegate, do Centro de Operações Aéreas norte-americanas 613.


"Esta é uma clara demonstração da nossa capacidade para realizar operações sem interrupções com todos os nossos aliados em qualquer altura e em qualquer lugar", argumentou o mesmo responsável.


A missão foi efetuada na noite de terça-feira, por ocasião do 72.º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores da Coreia.


Pyongyang não reagiu ainda aos exercícios militares.


Precisamente na terça-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi informado pela sua equipa de segurança nacional sobre "uma série de opções" de resposta às ameaças da Coreia do Norte perante um eventual ataque.


Em comunicado, a porta-voz da Casa Branca Sarah Huckabee Sanders indicou que Trump "reuniu-se com membros da sua equipa de segurança nacional" na manhã de terça-feira e foi informado sobre as possíveis estratégias pelo secretário da Defesa, James Mattis, e pelo chefe do Estado-Maior Conjunto dos militares norte-americanos, o general Joseph Dunford.


A reunião "centrou-se numa série de opções para responder a qualquer forma de agressão por parte da Coreia do Norte ou, se for necessário, para impedir que a Coreia do Norte ameace os Estados Unidos e os seus aliados com armas nucleares", disse Sarah Huckabee Sanders num breve comunicado.


No domingo, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, voltou a defender o desenvolvimento do seu "valioso" programa nuclear para fazer frente às ameaças dos Estados Unidos, coincidindo com as declarações proferidas na véspera por Donald Trump.


O Presidente norte-americano afirmou numa mensagem enigmática publicada na rede Twitter que "só uma solução resultará" com a Coreia do Norte, sem, contudo, dizer qual e dois dias após outro comentário do género.


Há vários meses que Donald Trump e Kim Jong-un estão envolvidos numa escalada de violência verbal, tendo ambos já brandido contra o outro a ameaça de um ataque nuclear.


No primeiro grande discurso na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, em meados de setembro, o Presidente norte-americano ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte em caso de ataque inicial de Pyongyang.


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